Tuesday, November 28, 2006

ÁLCOOL X SEXO

Muitas pessoas acreditam que determinadas bebidas alcóolicas têm poder afrodisíaco. Entre as mais citadas está o vinho. Num jantar romântico, o brinde é sempre um momento especial, pois mexe com os cinco sentidos. Mas o abuso do álcool pode acabar com qualquer clima sensual e provocar graves problemas à saúde.

A bebida alcóolica age diretamente no sistema nervoso central, afetando os reflexos. Em pequena quantidade, proporciona sensação de relaxamento. Porém, se consumido em maior quantidade, o álcool transforma-se num sério problema. Neste caso, funciona como depressor e inibidor da libido.

Há também as pessoas que usam a bebida como remédio para a ejaculação precoce, já que, em pequena quantidade, provoca sensação de desaceleração, reduzindo o nível de ansiedade.

O álcool também é usado pelos jovens para aumentar a coragem na hora da paquera. Uma pesquisa realizada em 1998 mostra que 71% dos adolescentes já haviam ingerido algum tipo de bebida alcóolica. Além disso, a pesquisa aponta que o consumo de álcool tem aumentado entre as mulheres.

Outra questão importante apontada é que os adolescentes, depois de ingerirem bebidas alcóolicas, ficam mais descuidados com relação ao sexo. Empolgados, muitos esquecem de usar preservativo, aumentando o risco de contraírem doenças sexualmente transmissíveis.

O Instituto Barong, organização que trabalha para a redução da incidência de Aids no Brasil, realizou uma pesquisa com 834 jovens entre 13 e 30 anos. A organização encontrou uma estatística que comprova a relação direta entre o consumo de álcool e a diminuição do uso de preservativos. Entre as pessoas que consumiram álcool em diferentes quantidades e que tiveram relações sexuais na noite anterior à pesquisa, 73,7% não usaram preservativos.

O álcool, como todos sabem, também pode causar dependência física e psicológica, além de ocasionar danos irreversíveis em vários órgãos do corpo. Usada sem moderação, a bebida provoca o envelhecimento precoce e compromete a libido e a capacidade de ereção, prejudicando sensivelmente a qualidade de vida do indivíduo.

Márcio Dantas de Menezes, médico e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual

Friday, November 24, 2006

FRIGIDEZ E AUSÊNCIA DE ORGASMO

A frigidez ou falta de desejo sexual é uma das disfunções sexuais mais comuns nas mulheres. Mais de 50% das pacientes atendidas nos consultórios apresentam o problema. Viver em uma sociedade onde o desempenho e o desejo sexual são maciçamente cobrados ajuda a criar expectativas e dificultar a satisfação. A frigidez é um problema sério que merece investigação das causas e tratamento adequado.

Para que isto ocorra é preciso deixar claro que frigidez e ausência de orgasmo são dois problemas diferentes. Mulheres que não conseguem experimentar orgasmo podem continuar tendo prazer e interesse sexual. Já no caso da frigidez, o principal sintoma é a diminuição ou falta de desejo.

É importante lembrar que, ao contrário do que pensam alguns, o desejo sexual do ser humano adulto e consciente não se compara à simples pulsões fisiológicas, como fome e sede. Ele é formado por três componentes principais; a biológica, a psicológia e a social.

O passo seguinte é compreender que uma mulher não ''é frigida'', ela ''está'' sem desejo. Os motivos podem ser circunstanciais, como stress e descontentamento com o parceiro; podem ser psicológicos, como educação rígida e repressiva ou experiências traumáticas; e, em menor grau, podem ser problemas orgânicos.

A mulher que sofre com este problema não faz parte de um pequeno grupo. Estudos feitos com mulheres de 18 a 59 anos mostram que 33% apresentam déficit de desejo sexual; 24% descrevem anorgasmia (não têm orgasmo) e 19% relatam dificuldade de excitação.

Pesquisas apontam ainda que 66% das mulheres sofrem de alguma queixa de dispareunia (dores na penetração) - uma das principais causas da frigidez. A dor ofusca qualquer desejo. A penetração antes da mulher se sentir devidamente lubrificada é o fator que mais provoca esse tipo de desconforto. Mas há situações como inflamações e infecções genitais que causam contrações e dores.

Outros motivos que podem causar a diminuição ou perda da libido são as alterações hormonais, debilidade física, problemas vasculares ou circulatórios e uso incorreto de medicamentos. Fumo e álcool também podem causar frigidez, pois atuam como depressivos.

É sempre importante procurar um médico que vai orientar e indicar o melhor tratamento.

Tuesday, November 21, 2006

SEXO MEDE QUALIDADE DE VIDA

Como se mede a qualidade de vida? Há vários indicadores que mostram a qualidade sob diversos pontos de vista. Um deles é o sexo. A felicidade sexual é um indicador de boa saúde. Sexo é forma benéfica de demonstração de bem-estar. A alteração na qualidade da vida sexual pode demonstrar distúrbio físico ou emocional. Tanto a ausência completa como o excesso pode significar um distúrbio. É preciso ter muito cuidado com os hiper, super. Todo exagero é merecedor de atenção.

É o caso da compulsão sexual. O brasileiro, em média, tem três relações sexuais por semana, segundo pesquisas realizadas pela doutora Carmitta Abdo, fundadora do Projeto Sexualidade do Instituto de Psiquiatria da USP. Se a pessoa se relaciona quatro, cinco, seis vezes ao dia e mesmo assim não se satisfaz, é o caso de procurar ajuda especializada.

Mas se a pessoa não se relaciona mais sexualmente por falta de desejo ou de excitação há grandes possibilidades de que ela esteja com algum problema de saúde. O estado de excitação pode estar relacionado a alterações hormonais, neurológicas, vasculares, infecções pontuais ou localizadas.

Já outras pessoas deixam de se relacionar sexualmente por temerem perder o parceiro; por terem medo de não chegarem ao orgasmo; de não se satisfazerem ou não satisfazer o seu parceiro. Há também os que consideram não dispor das ferramentas para o sexo como pênis pequeno, inconformidade genital, estrutura vaginal inadequada ou outros problemas de ordem física. Nesses casos é preciso corrigir os problemas para que a pessoa volte a ter uma vida sexual normal.

É por isso que podemos dizer que o sexo é também um indicador de saúde e de qualidade de vida.

Mas é bom estar atento sempre, pois a ausência de sexo não significa necessariamente doença ou problema. Hoje as pessoas são muito mais esclarecidas com relação ao assunto e, para muitas delas, não ter atividade sexual pode ser uma opção consciente. É o caso, por exemplo, de alguns grupos religiosos.

Se você optou por não ter sexo e vive bem não há qualquer problema.

Márcio D. Menezes, médico e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual

Thursday, November 16, 2006

Exercícios físicos melhoram o sexo

Quando as pessoas com mais de 40 anos pensam em desempenho sexual sempre relembram seus 20 anos, quando o vigor da juventude estava à disposição. Mas o tempo passa para todos. As responsabilidades aumentam, a rotina do dia-a-dia desgasta e as atividades prazerosas acabam sendo colocadas de lado ou até esquecidas. Porém, há tempo para mudar. É possível, por exemplo, manter o desempenho sexual em ótimo nível adotando práticas mais saudáveis.

A principal delas é mandar o sendentarismo para o espaço e fazer atividades físicas com regularidade. Ao contrário do que muita gente pensa, não é preciso ser atleta ou frequentar academias sofisticadas para melhorar a saúde e, consequentemente, o desempenho sexual. Uma simples caminhada diária já proporciona melhoras.

Quando se pratica esportes, o corpo libera serotonina - substância presente no cérebro que age como neurotransmissor, permitindo a comunicação entre as células nervosas do cérebro, os neurônios. Esta comunicação é fundamental para a percepção do ambiente e para a capacidade de resposta aos seus estímulos.

A serotonina desempenha importante papel no sistema nervoso, com diversas funções, como liberação de alguns hormônios, regulação do sono, do apetite, da atividade motora e das funções cognitivas. Ela ajuda a melhorar o humor, causando sensação de bem-estar.

Além da serotonina, é importante ressaltar que a prática de esportes deixa as pessoas mais dispostas ao sexo. O círculo de amizade aumenta, a auto-estima melhora, o nível de estresse e de ansiedade é reduzido, além de outros benefícios. Exercícios feitos regularmente, como andar de bicicleta ou caminhar, melhoram a eficiência do coração, pulmões e sistema circulatório, permitindo que o corpo transporte mais oxigênio e proporcionando maior resistência do organismo.

Lógico que o sedentário não deve sair por aí fazendo exercícios. Antes de mais nada é preciso procurar um médico para uma avaliação clínica.

É essencial começar devagar, respeitando os limites do organismo. Depois que o seu corpo estiver adaptado, é só aproveitar os benefícios que o novo ritmo de vida proporciona.

Márcio D. Menezes, médico e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual

Friday, November 03, 2006

Depressão causa abatimento sexual?

A perda do desejo, excitação e dificuldade de atingir orgasmo são sintomas da depressão. Embora pesquisas apontem que a doença é mais comum entre as mulheres, ela tem se mostrado presente também no mundo masculino. A maior causa de depressão entre homens é o desemprego. Nas mulheres, a causa mais comum é a perda de um ente querido e a separação.

Pesquisa do Hospital das Clínicas de SP descobriu que as chances de um homem desempregado ''falhar'' é 83% maior que a de um homem que está trabalhando. Nas mulheres, a possibilidade da perda do desejo é 66% maior quando perdem o emprego.

A reação ao problema também é diferente. Enquanto entre as mulheres o ''esfriamento'' causa desconforto e se equipara aos demais sintomas em importância, entre os homens a perda do desejo sexual funciona como um sério agravante no processo da própria doença.

Estudos evidenciam que a depressão aumenta em 93% o risco do homem vir a sofrer de disfunção erétil. É que a depressão, aliada ao não tratamento, pode desencadear o problema e consolidá-lo. O fato da maioria dos medicamentos afetarem a libido atrapalha ainda mais o tratamento.

O ponto mais importante para o sucesso do tratamento é a continuidade. A fase mais aguda do tratamento dura entre 30 e 45 dias, depois a situação melhora e o desejo começa a voltar.

É importante lembrar que ter fases de depressão é natural. O descontentamento, a tristeza e a melancolia são sintomas de que não estamos vivendo da forma como gostaríamos e de que desejamos mudanças. Simbolizam um tempo de recolhimento para se preparar e solucionar o que não nos agrada.

Quando há um motivo para esta ''tristeza'', a depressão é absolutamente normal. Superado o problema, a pessoa volta a se sentir bem. A depressão só é doença quando seus sintomas permanecem por muito tempo ou aparecem sem motivos evidentes.

Em ambos os casos, o estado de depressão merece cuidados. Sempre que ele se prolongar além do que poderia ser considerado comum, é necessário buscar orientação médica.

Márcio D. Menezes, médico e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual

NO SEXO FUJA DA ROTINA

Hoje a rotina a que as pessoas são submetidas no dia a dia, trabalho, escola, curso extracurriculares e uma série de outros problemas acabam reduzindo o tempo que temos para desfrutar momentos de prazer com o nosso parceiro ou parceira. É sempre bom lembrar que o sexo precisa ser aprendido e renovado o tempo todo. Não há dúvida de que um dos principais inimigos dos casais é a rotina.Dias atrás li um texto muito interessante no site Terra sobre a professora de Yôga e psicoterapeuta Saida Elkefi, co-autora do livro Êxtase Sexual, com dicas muito interessantes para a satisfação do casal.

Veja as sugestões da professora para que os casais tenham mais prazer no ato sexual:

O cenário. Um ambiente tranqüilo, sem ruídos nem interrupções, é uma ótima influência. A luz deve ter pouca (ou nenhuma) intensidade. Deixe alimentos e bebidas excitantes ao alcance da mão, com uma boa música.

O aspecto. Embora a mulher não costume ter dificuldade para parecer sedutora, não ocorre o mesmo com a maioria dos homens, que freqüentemente não cuidam de sua aparência. É conveniente fazer um esforço para se apresentar com um aspecto melhor.

A conversa. Um fator fundamental consiste no homem saber dirigir a conversa. Ele tem que ser amável e interessante, deve fazer rir, saber contar histórias divertidas ou encantadoras, mas, sobretudo, persuadir sua companheira.

Os beijos. Para os orientais, da mesma forma que as carícias e os contatos íntimos, os beijos devem obedecer as fases longas e progressivas que se sucedem umas às outras. O beijo simples, límpido e sereno, no qual os lábios unem suas salivas úmidas, é a primeira onda do amor. De forma natural, dá-se o passo ao beijo profundo, no qual as pontas das línguas entram em contato e se entrelaçam, dando voltas. As pressões são cada vez mais fortes. Finalmente chega o beijo penetrante, no qual cada amante introduz, sucessivamente, sua língua na boca do outro, na busca de contatos mais profundos, chegando inclusive a tocar o fundo da garganta do outro.

Tirar a roupa. No início, pode-se permanecer em pé, mas fazer com que a mulher se sente ou se deite facilita muito as preliminares. Alguns beijos e carícias precedem o momento de tirar a roupa. Convém que o homem participe do processo.

As carícias. Da mesma forma que os beijos, que vão se afastando do rosto e do pescoço, as carícias se espalham por todo o corpo, em forma de leves pressões, atritos, chupadas e mordidas, excluindo, a princípio, as regiões genitais e reservando-as para mais tarde.

As zonas erógenas. No homem, as zonas mais sensíveis se localizam perto de suas áreas genitais, embora também sejam sensíveis, em menor medida, no pescoço, peito, abdome, face interna das coxas e pés. Na mulher, a região que mais desperta seus desejos sensuais são os seios. Outras zonas interessantes são pálpebras, bochechas e orelha, pescoço, quadris, abdome, face interna das coxas e axilas.