Wednesday, December 19, 2007

DECISÃO DO STF SOBRE CIRURGIA PARA MUDANÇA DE SEXO É RETROCESSO

O Brasil perdeu uma grande oportunidade de demonstrar que tem respeito pela vida de seus cidadãos e que preza a igualdade social. E mais uma vez o sistema mostrou que não está preocupado com a qualidade da saúde dos brasileiros.Depois do Conselho Federal de Medicina ter aprovado uma resolução permitindo que, a exemplo dos países desenvolvidos, hospitais públicos e particulares realizassem a cirurgia de mudança de sexo – cirurgia de Redesignação Sexual, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a obrigatoriedade do Sistema Único de Saúde (SUS) em atender a demanda por este serviço.

Com esta decisão, os transexuais pobres foram condenados a uma vida de sofrimento. Ao negar-lhes o acesso ao benefício, o STF decretou a morte emocional destas pessoas, que têm nesta cirurgia a única chance de construir para si e suas famílias uma vida estruturada e feliz. Consolidou um retrocesso no âmbito dos direitos humanos e da ciência.Muitos, por falta de informação, ainda confundem o transexual com o homossexual e o travesti. Acreditam que a transexualidade é um desvio de caráter de fundo psicológico, que pode e deve ser tratado. E que a cirurgia é um erro porque serviria de incentivo. Enganam-se.

Não há cientificamente nada que comprove quais são as causas da transexualidade. Mas existem muitos trabalhos científicos que mostram que o tratamento psicológico e medicamentoso não é eficiente nos casos de transexualismo. Na década de 70, o Comitê da Associação Médica Americana para a Sexualidade Humana publicou texto afirmando que a psicoterapia era ineficiente para transexuais adultos, e que a Terapia de Redesignação Sexual era mais útil.No caso do transexual, a cirurgia não é uma intervenção estética, mas reparativa. O transexual sofre do que se convencionou chamar de conflito entre identidade de gênero e o seu sexo corporal. Nasce com corpo de homem, mas desde que se reconhece como ser se entende como mulher. O mesmo valendo para o transexual feminino.

O sofrimento destas pessoas é imenso. E mesmo enquanto permaneceu o direito à cirurgia pelo SUS, a conquista de uma identidade real nunca foi fácil. Para ter direito à cirurgia, o paciente tem de passar por dois anos de tratamento psicológico. Só depois consegue o laudo confirmando o diagnóstico que autoriza a mudança do sexo e, conseqüentemente, de identidade – ele recebe uma nova carteira de identidade.Alguns governantes alegam falta de recursos, quando estamos cansados de saber que a saúde no Brasil está na UTI por incompetência no seu gerenciamento financeiro e falta de políticas públicas eficazes. Mesmo assim a decisão do STF vem contra a corrente do judiciário, que tem, por meio de suas decisões, obrigado o governo a garantir tratamento pelo SUS de problemas tão ou mais dispendiosos do que o sofrido pelos transexuais.

Monday, December 17, 2007

CUIDADO COM OS EXAGEROS ESTÉTICOS

Não adianta, a insatisfação consigo mesmo, com o jeito de ser e de viver, é uma das características do ser humano. E se, por um lado, ela é responsável pelos avanços sociais, econômicos e tecnológicos, esta insatisfação também responde pela dificuldade que muitos enfrentam para aceitar a si mesmos, valorizar suas qualidades.
Provavelmente ser feliz e ficar satisfeito (de verdade) são os maiores desafios que o ser humano enfrenta durante a vida. E com as promessas, nem sempre verdadeiras, dos avanços da medicina plástica, os sonhos se transformam facilmente em angústia. Principalmente quando estes padrões de beleza parecem estar ao alcance da mão, expostos e sendo oferecidos nas vitrines, em programas de televisão e propagandas, o tempo todo.

Hoje em dia tudo parece possível no campo da medicina estética. Ontem a moda vendida era a de modelos com seios fartos, e milhares de mulheres aumentaram o número do sutiã. Hoje, o padrão mudou e estas mesmas mulheres correm aos consultórios para diminuir o volume dos seios.E não pensem que o homem está conseguindo fugir do ''consumismo da imagem''. O público masculino que usa produtos para melhorar a aparência vem aumentando. E os homens também estão lotando as clínicas de estética e cirurgia plástica. E se para as mulheres vale tudo para deixar os seios e o bumbum turbinados, o homem investe na plástica dos genitais para corresponder aos padrões de virilidade.

Mudar a aparência, eliminando problemas que incomodam, fazendo a pessoa se sentir mais bonita é ótimo. Faz bem para a auto-estima e melhora a qualidade de vida. O grande risco está nos exageros incentivados pela oferta crescente de serviços e facilidades da ''compra da beleza''.Nunca foi tão importante a escolha de um profissional sério e competente, capaz de ajudar o cliente a discernir entre o que é importante e o que é obsessão. Os médicos precisam estar atentos e não ter medo de orientar um paciente a procurar avaliações de uma equipe multidisciplinar, quando o pedido parecer exagerado.

É preciso que os profissionais que atuam na área estejam atentos aos sinais de dismorfofobia - descontentamento exacerbado com a própria imagem. Nestes casos, só a cirurgia não vai contentar a pessoa e a melhor orientação que se pode prestar ao paciente é ajudá-lo a recuperar a auto-estima, antes de promover a mudança física desejada por ele.

Thursday, December 13, 2007

A PRÁTICA LEVA À PERFEIÇÃO

Poucas pessoas sabem, mas o prazer sexual é evolutivo. Ou seja, quanto mais a pessoa pratica sexo, maior será o prazer que ela poderá tirar da relação. O problema é que o inverso também é válido: menos sexo, menos vontade, mais desconforto, menos prazer.Todo mundo sabe que, no começo, uma relação é feita de estrelas, poesia e desejo. Muito desejo. O mundo parece girar em torno da pessoa amada e tudo passa a ser secundário quando a opção é estar com ela, e o maior prazer é dar prazer a quem se ama. Assim, é comum nesta fase os dois parceiros se dedicarem a ''desnudar'' a alma e o corpo da pessoa amada.

Esta intimidade, que alimenta o relacionamento e transforma a paixão em amor, levando muitos casais a viver juntos, é o segredo para manter uma vida sexual e afetiva longe da rotina e do tédio.
Infelizmente, muitas pessoas se esquecem de como construíram o seu relacionamento e deixam os compromissos e a correria da vida ocupar o tempo que antes dedicavam ao prazer de conviver com a pessoa amada. Este distanciamento é, na maioria das vezes, inconsciente e os casais se surpreendem quando, passados alguns anos, percebem que a intimidade com o parceiro(a) não é mais gratificante e o sexo já não é tão gostoso.

Para se ter uma idéia, de acordo com uma pesquisa, a relação sexual dos casais brasileiros demora em média 30 minutos. Resumindo: o brasileiro gasta mais tempo vendo um filme, navegando na internet, torcendo para um time de futebol, no cabeleireiro, ou vendo a novela, do que se aprimorando no ritual do sexo com o seu parceiro(a).
Um bom começo é retomar hábitos como tocar a pessoa amada (fazer carinho, pegar na mão, sentar juntinhos etc.), ter sempre uma palavra carinhosa para dizer, mostrando que a pessoa é importante para você. Na intimidade, não tenha medo de buscar o prazer e converse com o seu companheiro(a) sobre o que você gosta, seus desejos e fantasias.

É, vocês já perceberam que não existe solução milagrosa para o problema. Não basta amar. É preciso querer ter uma vida sexual ativa e feliz, e investir tempo e trabalho nela. Se o desafio é permanente, a notícia boa é que o retorno é garantido. O céu é o limite para o casal que está disposto a se dedicar ao prazer de se amar.

Wednesday, November 28, 2007

MEDICAMENTO PARA EJACULAÇÃO PRECOCE

Segundo as estatísticas mais recentes, a ejaculação precoce é um problemaque chega a atingir 40% dos homens. Mas, pelo menos por enquanto nãoexiste um medicamento realmente eficaz disponível no mercado. Estasituação, no entanto, pode ser resolvida dentro de pouco tempo. Um novomedicamento, em fase de testes nos Estados Unidos e em outros países,inclusive no Brasil, pode ser a solução para quem sofre de ejaculaçãoprecoce.

O medicamento que tem como principio ativo a dapoxetina temdemonstrado excelentes resultados nos testes realizados até agora.Conforme a pesquisa realizada pela Universidade de Minesotta (EUA), com2,6 mil homens com problemas de ejaculação precoce em grau moderado agrave, e que ejaculavam menos de um minuto depois da penetração, osresultados são animadores. Depois de doze semanas de uso do medicamento,os homens analisados que tomaram doses de 30mg de dapoxetina passaram aejacular, em média, 2min47 depois da penetração, já os que tomaram 60mg domedicamento seguraram a ejaculação, em média, por 3min19.

A dapoxetina só não foi liberada ainda porque duas pessoas que faziamparte do grupo de estudos morreram de outras causas e não pelomedicamento. Porém, nestes casos, por medida de segurança, o departamentoamericano que libera novos medicamentos, pediu novos estudos.A ejaculação precoce é um problema sério pois, além de afetar o homem,provoca frustração nos relacionamentos. O corpo da mulher e do homemreagem de forma diferente aos estímulos sexuais. A mulher, geralmente,demora um pouco mais para se excitar. Se o homem chega ao orgasmo muitorapidamente, o ato sexual, que deveria ser visto como um momento decompartilhar a intimidade e o prazer torna-se frustrante.

Nos atendimentos que faço na minha clinica tenho percebido que há quase umperfil padrão entre os homens que sofrem com o problema. Geralmente sãopessoas ansiosas, tanto na vida pessoal como na vida profissional. Sãopessoas que buscam a satisfação profissional de forma afobada, semperceber que tudo tem seu tempo de maturação. Eles querem que as coisasaconteçam sempre muito rapidamente. E isto se reflete na vida afetiva.Querem tudo tão rápido que até os relacionamentos amorosos ficamsuperficiais.

A chegada do medicamento vai melhorar em muito a vida destas pessoas nomomento do sexo. Porém, até que ele chegue seria interessante mudar apostura diante da vida. Ter calma, paciência, conversar com a parceira efazer da atividade sexual não uma atividade mecânica, mas sim um momento deintimidade, de paz.

Thursday, November 01, 2007

NÃO TER VERGONHA DO PRÓPRIO CORPO

Quando você se olha no espelho, o que vê? A pessoa que você gostaria de ser ou você acha que alguns retoques iriam bem? São poucas as pessoas que afirmam sem nenhuma dúvida que estão inteiramente satisfeitas com o próprio corpo. Esta insatisfação quando moderada, é até normal. Alguns não gostam do tamanho do nariz, outros gostariam de ter um queixo mais harmonioso, tem pessoas preocupadas com o peso, algumas mulheres sonham em ter seios maiores, outras querem seios menores. Enfim, a imaginação não tem limite.

O problema é quando a insatisfação passa a interferir no dia a dia da pessoa, no seu trabalho, no circulo de amizade, na família. E um dos pontos chaves é com relação ao sexo, a atividade sexual. Há quem não consiga tirar a roupa para ter uma relação sexual com o parceiro com vergonha do próprio corpo. E, ao contrário do que se imagina, não são casos tão raros.Recentemente uma jovem nos procurou no consultório para colocar uma prótese mamária. A jovem tem um rosto muito bonito e um corpo perfeito. Porém, os seios eram muito pequenos. Aos 17 anos ela não havia beijado nenhum rapaz ainda. Ela disse que tinha vergonha e não admitia que nenhum rapaz se aproximasse pois temia que ele percebesse que os seios dela eram diminutos. Como evitava todos os garotos, era vista na escola como uma pessoa arrogante e prepotente.

Depois da cirurgia plástica, com a colocação da prótese mamária, a vida dela mudou. Ela se transformou numa menina mais sociável, sem medo de relacionamentos. Para as mulheres a mama representa a feminilidade. Quando a pessoa não está feliz com o próprio corpo ela se censura, se reprime. Imagine, por exemplo, uma mulher que passou a maior parte de sua vida pesando 120 quilos ou mais, com baixa estima, com vergonha de se expor, de se relacionar. E depois de um tratamento passa a pesar 60 quilos. A transformação é muito grande na vida dela. Quando a pessoa se sente bem com seu corpo tudo melhor. Inclusive e principalmente a sua performance sexual.

Quem tem vida sexual ativa e prazerosa se sente muito mais feliz, é menos estressado, menos agressivo, mais sociável. Há uma melhora global na sua vida. Hoje a cirurgia plástica consegue corrigir quase tudo. Porém, é preciso deixar claro que ela não faz milagres.

Dra. Elaine Paixão Alonso é cirurgiã plástica em São Paulo.

Thursday, October 18, 2007

VAIDADE É UM INSTRUMENTO NECESSÁRIO

Outro dia recebi um e-mail que, em tom de brincadeira, listava o que as mulheres mais procuram e o que menos desejam em um homem. E entre as especificações estava uma crítica ferrenha aos ‘‘metrossexuais’’, denominação criada para especificar homens vaidosos e heterossexuais. Dizia, entre outras coisas, que músculos são bem-vindos, mas que a ala feminina não aceitaria dividir as prateleiras do banheiro com os creminhos do parceiro.Por essas e outras, chego a acreditar que deve ser mais fácil ser feliz no mundo dos ditos animais irracionais. O pavão macho cuida bem de suas penas porque da beleza de sua cauda depende a conquista da parceira e, conseqüentemente, seu sucesso de dar continuidade à espécie. No mundo animal, a fêmea reconhece o trabalho do macho em cultivar a ‘‘estampa’’. E, sim, o mais bonito tem mais chances, sem neuras nem censuras.

É claro que o ser humano é muito mais complexo. Mas, até por isso mesmo, era de se esperar que a preocupação do homem com a estética fosse recebida com mais compreensão. E principalmente encarada como um avanço na sua relação com a sociedade em que vivemos.Ninguém consegue se manter saudável se não estiver feliz com a própria aparência. É através da imagem de si mesmo e da dos outros que o ser humano se relaciona. E neste contexto, a beleza é, sim, fonte de bem-estar e de qualidade de vida. Por que, então, negar isso ao homem?

Há séculos o homem vem lutando para ganhar o direito ao seu quinhão de vaidade. Na corte do rei Luiz XIV, na França, os homens usavam saltos, perucas com cachos, empoavam os rostos e usavam perfumes e rendas. Tudo para poder parecer mais bonitos e aceitáveis.Mas esta como outras tentativas ao longo dos milênios também não teve sucesso. Logo, a ala mais rústica cortou estes hábitos, acusando-os de efeminados. Só sobraram os perfumes. No e-mail, água e sabonete são itens básicos, mas homem cheiroso ganha pontos extras.

Diante de tanto preconceito, fica fácil entender por que a maioria dos homens prefere omitir sua preocupação com a beleza. Nas pesquisas, a maioria admite, quando muito, a prática de esportes e academia com o objetivo de manter a saúde. Plástica de nariz, só se for por causa da adenóide. Outras intervenções continuam sendo proibidas até no confessionário.No mundo virtual, o homem já conquistou o direito à vaidade. Tem a liberdade de não precisar conviver com olheiras, nem com a papadinha que costuma se avolumar com o avanço do tempo. Mas, na vida real, a beleza parece ter se tornado uma propriedade feminina. E o homem ainda vai ter de lutar muito, ser muito macho, para garantir o que já vemos no mundo virtual das propagandas e da tecnologia.

Tuesday, October 02, 2007

SEXO CASUAL

Há entre os jovens a informação de que sexo é sempre bom. Sexo realmente faz bem para pessoas de qualquer idade. É energizante, revigorante.Porém, vemos hoje uma mudança de comportamento com a moda do ''ficar''. Os jovens e muitos adultos, antes de começar um relacionamento mais sério, ficam com vários parceiros até encontrarem alguém que seja a pessoa considerada ideal. E essa mudança de comportamento, a busca pela pessoa certa, não se restringe apenas ao roçar de mãos, olhares furtivos e beijos roubados como era a prática no tempo de nossos pais e avós. Hoje temos notado um aumento substancial de casos de sexo casual, principalmente entre os jovens. Muitos transam apenas por achar moderno, por quererem ser atuais.

E por mais informações que possamos ter e por mais vontade que temos de transar com alguém, é sempre importante, antes de tomar a decisão, analisar se é a coisa certa a fazer. Isso não é uma questão de moralismo, e sim de responsabilidade sexual.
O sexo casual pode trazer momentos de prazer, mas também tem suas consequências. A responsabilidade não deve terminar ao se colocar a camisinha. É um engano que seja assim. Quando temos uma relação sexual com alguém, não temos responsabilidade apenas com o nosso próprio corpo, mas também com o do parceiro.

Para muitas pessoas, jovens ou adultos, o sexo casual traz consequências emocionais que podem afetar seriamente a auto-estima. Será que ele(a) não está comigo apenas para transar? Será que ele(a) não está apenas querendo se divertir?Geralmente as mulheres são mais emotivas do que os homens e, na maioria das vezes, sofrem mais quando não estão seguras a respeito do que estão fazendo. O sentimento de ter sido usado(a) ou de usar alguém pode afetar muito a auto-estima da pessoa. Pode provocar depressão, inibição social e outros males.

Dizer não ao sexo casual, muitas vezes, é melhor do que dizer sim. Se a pessoa não está segura do que quer, é melhor não fazer.

Monday, October 01, 2007

MASTURBAÇÃO E AUTOCONHECIMENTO

Quem inventou a frase ''antes mal acompanhado do que fazer amor sozinho'' estava, no mínimo, com problemas sérios de auto-estima. A frase evidencia que, apesar da liberação feminina e da liberdade de costumes, grande parte das pessoas ainda consideram a masturbação um assunto e um ato constrangedor e ''inadequado'', principalmente entre as mulheres.

Para se ter uma idéia, apenas 52% das mulheres admitem que usam a masturbação como recurso para se satisfazer sexualmente, contra 90% dos homens. Além das questões culturais e religiosas existe ainda outra explicação para esta diferença de atitude. Os meninos chegam à adolescência mais preparados sexualmente, pois como possuem um órgão externo, acabam tendo mais facilidade para manipular e aprender sobre o próprio corpo.

Com um órgão interno e sofrendo repressão sexual e moral bem mais forte, é natural que as mulheres sejam mais tímidas e reservadas com relação à masturbação. Mas, se as pesquisas estão corretas, 48% do universo feminino está subutilizando um recurso importante que a própria natureza forneceu. Isto não significa que todas as pessoas têm por obrigação se masturbar. Não é nada disso. Cada pessoa precisa se conhecer e fazer escolhas, sem pressão.

Segundo estudos comprovados em sessões de ultra-sonografia, a partir do sétimo mês, já é possível observar reflexos masturbatórios no feto. Tocar o próprio corpo para aprender a se conhecer faz parte também das várias fases do desenvolvimento físico-emocional da criança, indispensáveis para que a pessoa se torne um adulto equilibrado e bem adaptado socialmente.

Do ponto de vista prático, a masturbação ainda é a forma mais saudável e natural da pessoa se satisfazer sexualmente na ausência de um parceiro ou parceira. É também um importante instrumento de autoconhecimento. Uma pessoa é diferente da outra e só conhecendo a si mesma poderá ensinar o parceiro (a) como ter prazer juntos. Afinal, a melhor forma de encontrar um tesouro é tendo um mapa para nos guiar até ele; de preferência, detalhado.

Thursday, September 13, 2007

DESENVOLVIMENTO DOS ÓRGÃOS GENITAIS

O pênis é um assunto que está sempre na mente das pessoas. Muita gente, por exemplo, tem curiosidade de saber até que idade o pênis pode crescer. Pesquisa feita com 1,5 mil homens na Inglaterra atestou que o pênis pode crescer até os 21 anos. Segundo esse estudo, a curva de crescimento em extensão mostra que entre os 11 e 15 anos ocorre o que se chama de espigão do crescimento. Depois deste período, a intensidade do crescimento é menor.

Em todos os países, há sempre uma preocupação dos pais em saber se o pênis do filho é normal ou não. Se o pênis é grande, médio ou pequeno. O tamanho do pênis é diferente entre as etnias. Na Inglaterra, o pênis médio varia de 12 a 15 cm em ereção. Um pênis com 7,5 cm de comprimento é considerado micropênis. Investigação de casos de impotência e ejaculação precoce feita no Brasil com 2.048 pessoas mediu, entre várias análises, o comprimento e o perímetro dos membros dos pacientes. Conforme os dados conseguidos, a média de comprimento do pênis dos pacientes analisados é de 13,5 cm. A definição do comprimento do pênis e de seu diâmetro começa na fase uterina. O tamanho é gerido pelos hormônios do crescimento e pela testosterona.

Quando os meninos nascem, é importante ficar atento e não ter vergonha de olhar os órgãos genitais. Se achar que ele não está se desenvolvendo corretamente, deve-se procurar um pediatra. E, se houver necessidade, um endocrinologista. Quanto mais cedo se notar a falta de crescimento, mais facilmente será possível tratar e fazer a correção. A observação é muito importante também nos casos de obesidade infantil. Em algumas crianças gordinhas, o pênis fica escondido pela camada de gordura abdominal, provocando a ilusão de que o pênis é pequeno, o que nem sempre é realidade. Mas o melhor caminho mesmo é acompanhar o desenvolvimento da criança e, em caso de dúvida, procurar um médico.

Friday, August 31, 2007

ÁLCOOL PODE AFETAR A EREÇÃO

O álcool está presente na vida das pessoas há milhares de anos. Há indícios de que o vinho ou uma bebida próxima do vinho já era conhecida cinco mil anos antes de Cristo. Pesquisadores descobriram, por exemplo, que por volta de 3.500 anos antes de Cristo, na região da Mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates, onde é hoje o Iraque, nossos ancestrais consumiam uma bebida à base de fermentação de cereais imersos em água. Esta bebida evoluiu para a cerveja que conhecemos hoje.

Muita gente considera algumas bebidas, como o próprio vinho, afrodisíacas. O fato é que a bebida alcoólica age diretamente sobre o sistema nervoso central, afetando os reflexos. Em pequena quantidade o álcool proporciona uma sensação de relaxamento e até uma certa desinibição. E esta sensação de euforia provocada pela bebida é traduzida por alguns como importante para o relacionamento sexual. É daí que se cria a imagem de que algumas bebidas são afrodisíacas. Algumas bebidas mexem com todos os cinco sentidos: tato, olfato, paladar, audição e visão. O vinho, por exemplo, ajuda a criar um ambiente sedutor, a potencializar o desejo.

Porém, consumido em quantidade, o álcool transforma-se num sério problema. Neste caso, ele funciona como depressor e inibidor do processo fisiológico do ato sexual. O abuso pode acabar com qualquer clima sensual e provocar graves problemas de saúde. Alguns jovens e até mesmo adultos consomem a bebida como se ela fosse um remédio para a ejaculação precoce, já que em pequena quantidade provoca essa sensação de desaceleração, reduzindo o nível de ansiedade.

O álcool também é muito usado pelos jovens que o consideram importante para aumentar a coragem na hora da paquera, da primeira abordagem, do primeiro contato. A bebida alcoólica, consumida sem moderação e com irresponsabilidade pode trazer sérios transtornos para quem a consome. Ela provoca o envelhecimento precoce e compromete a libido e a capacidade de ereção, prejudicando sensivelmente a qualidade de vida sexual do indivíduo.

Uma questão importante que é preciso ser abordada sempre é que os adolescentes depois de ingerirem bebidas alcoólicas ficam mais descuidados com relação ao sexo. Empolgados, muitos deles esquecem de usar preservativo, aumentando muito o risco de contraírem doenças sexualmente transmissíveis. O Instituto Barong, organização que trabalha para a redução da incidência da aids no Brasil, realizou uma pesquisa com 834 jovens entre 13 e 30 anos, a organização encontrou uma estatística que comprova a relação direta entre o consumo de álcool e a diminuição do uso de preservativos. Entre as pessoas que consumiram álcool em diferentes quantidades e tiveram relações sexuais na noite anterior à pesquisa, 73,7% não usaram preservativos, revela a pesquisa.

A propaganda também tem um fator de influência muito grande no consumo da bebida alcoólica porque sempre mostra pessoas consumindo o álcool em situações de grande prazer. O problema é que ela nunca mostra o outro lado. O lado das pessoas que consomem sem moderação e destroem a própria vida e a de seus familiares.

Monday, August 27, 2007

MUDANÇA DE SEXO

Saiu nos jornais nesta semana que o Sistema Único de Saúde (SUS) irá pagar cirurgias para mudança de sexo. Este é um assunto polêmico mas não é novo. O tema vem sendo discutido e estudado desde o início do século passado. Só para se ter uma idéia, em 1912 o médico Magnus Hirschfeld já sugeria a viabilidade de uma intervenção cirúrgica e hormonal em transexual. Nos Estados Unidos a primeira cirurgia para mudança de sexo aconteceu em 1965, no John Hopkins Hospital, e foi autorizada pelo Tribunal de Baltimore.

No Brasil só em 1997 é que foram autorizadas as primeiras cirurgias. Antes disso o procedimento era considerado crime. O médico e cirurgião Roberto Farina, que morreu há alguns anos, foi um dos pioneiros no estudo e na realização de cirurgias de mudança de sexo no país.

Atualmente um dos profissionais mais conceituados no Brasil, nesta área, é o médico Jalma Jurado, que esteve em Londrina em 1998 para uma palestra a convite da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual. Neste mesmo ano nós criamos no Paraná o primeiro Comitê de Identidade Sexual para avaliar os casos, junto com a Universidade Tuiuti, indicar e acompanhar os procedimentos para mudança de sexo.

O fato do SUS custear as cirurgias é um grande avanço no Brasil pois são procedimentos caros e muitos dos que necessitam da cirurgia não teriam condições de pagar. Na Espanha, por exemplo, uma cirurgia para mudança de sexo não custa menos do que R$ 30 mil.

Você pode estar se perguntando como é feita a avaliação para que este procedimento não traga sequelas futuras. Bom, é interessante esclarecer as diferenças entre homossexuais, travestis e transexuais. Em linhas gerais, o homossexual é aquele que está adaptado ao seu sexo, ele não quer mudar de gênero e tem atração por parceiros do mesmo sexo. O travesti é aquele que usa do fetichismo de se transvestir para auferir prazer e às vezes lucro seja social ou financeiro.

Já o transexual é o indivíduo que não está adaptado ao corpo. É como se estivesse aprisionado num corpo que não lhe diz respeito. Esta identificação ou falta dela é tão forte que traz sérios problemas emocionais para estas pessoas. A possibilidade de ajudá-las através da mudança de sexo é uma vitória para elas e para a medicina. É a possibilidade de uma nova vida.

Thursday, August 16, 2007

FRATURA NO PÊNIS

Você talvez nunca tenha ouvido falar sobre ''fratura'' no pênis, ou, em alguns casos, ouviu mas achou que era lenda. Afinal, se o órgão sexual masculino não tem estrutura óssea, como isso poderia ocorrer? A ''fratura'' no pênis é rara, mas realmente pode acontecer.

Para que o entendimento fique mais fácil, é bom lembrar que o pênis é formado por três estruturas de forma cilíndrica. São dois corpos cavernosos que ficam na parte posterior do órgão sexual e são voltados para o abdômen e um corpo esponjoso, em posição oposta aos corpos cavernosos. Os corpos cavernosos são revestidos por um tecido semi-elástico chamado túnica albugínea.

A ''fratura'' do pênis ocorre quando o membro está em estado de ereção, geralmente durante o ato sexual mais intenso. Na maioria dos casos o acidente acontece quando a mulher está por cima do homem e o pênis sai do interior da vagina batendo contra o períneo ou contra a região óssea púbica. O pênis entorta até a pressão da câmara, isto é, os tecidos dos corpos cavernosos, explodirem como se fossem uma bexiga. Neste momento, geralmente ouve-se um pequeno estalo, há perda imediata da ereção. A dor é intensa. Verifica-se um hematoma e até a deformidade do pênis.

Quando isto ocorre é preciso procurar imediatamente atendimento médico. Depois da primeira avaliação, o médico pode recomendar exames como ressonância magnética ou uma ultra-sonografia para verificar a extensão da ruptura e se houve lesão na uretra. Dependendo da gravidade, é necessário uma intervenção cirúrgica. É importante que esta avaliação seja feita nas primeiras quarenta e oito horas após o acidente.

Ocorre que muitos homens têm medo ou vergonha de procurar um médico e isso pode trazer sérios transtornos para a continuidade da vida sexual da pessoa. Sem tratamento imediato pode haver a formação de uma cicatriz interna, que poderá provocar uma curvatura no pênis e, em alguns casos mais grave, até disfunção erétil. Depois do tratamento feito, o paciente pode retornar à atividade sexual dentro de aproximadamente 30 dias.

Wednesday, August 08, 2007

AMADURECIMENTO PRECOCE AFETA CRIANÇAS

É certo que o mundo está mudando cada vez mais rápido. Mas nem todas as transformações que vemos no dia a dia são positivas. É comum nas grandes cidades, por exemplo, você entrar num shopping ou em qualquer outro lugar público e ver meninas de seis, sete anos, vestidas como mulheres. Às vezes até meninas mais novas do que isso usando maquiagem e sapato de salto alto. Muitos pais não só permitem como incentivam esta atitude.

Pode parecer ''bonitinho'' num primeiro momento, mas os pais não percebem que esta atitude pode interferir no ciclo natural de amadurecimento das crianças. Para piorar, a vida de algumas crianças parece a de pequenos executivos, com tantas atividades cotidianas que não sobra tempo para brincar ou descansar, o que é muito importante nesta fase da vida. Este amadurecimento impositivo não faz bem.

Outra situação que é preciso se levar em conta é a alta carga de informações eróticas que elas recebem através de programas de TV, propagandas, revistas, internet e outros meios de comunicação. Este excesso de erotização ajuda a provocar um descompasso entre o amadurecimento intelectual e o amadurecimento físico. Eles aceleram o processo mental e glandular. Os pais precisam estar atentos com a saúde de seus filhos.

Pesquisas realizadas em países da Europa e também no Brasil mostram que a idade média da primeira menstruação nas meninas, no início do século passado, variava entre 14 e 15 anos. Hoje a menstruação chega mais cedo, entre 10 e 11 anos. As pesquisas apontam que o motivo pode estar relacionado aos estímulos comportamentais como a erotização precoce proporcionada pelos meios de comunicação e também às mudanças nos hábitos alimentares.

A alimentação inadequada interfere na formação dos hormônios. Os triglicerídeos e o colesterol são precursores da testosterona e dos estrógenos, que são os hormônios masculino e feminino. No caso dos meninos, por exemplo, a alimentação inadequada na infância provoca aumento de peso. O aumento de gordura na região do abdome esconde parte do pênis dando a impressão equivocada, na maioria dos casos, de que o pênis é menor do que realmente é, provocando desconforto ao garoto.

É importante que os pais e professores tenham esta consciência e percepção. O amadurecimento saudável precisa ser de forma contínua e não aos pulos, sem medo e sem culpa. Não se deve forçar para que as crianças fiquem adultas antes do tempo correto. E do outro lado não se deve ser adolescente a vida toda.

Monday, August 06, 2007

HOMOSSEXUAIS MERECEM ATENDIMENTO DIFERENCIADO

O Brasil tem conseguido avançar em vários aspectos na saúde pública. Há programas de atendimento para idosos, crianças e gestantes. Há programas de prevenção de gravidez na adolescência. Todos são essenciais e ainda podem melhorar muito. São grupos de pessoas que passam a ser atendidos de forma mais adequada e isso representa um bom ganho no que se refere à qualidade de vida.

Porém, há alguns grupos de pessoas que ainda não estão tendo a merecida atenção por parte das políticas de saúde pública. Entre eles estão os homossexuais. Embora os números variem, há estudos que afirmam que 10% da população é homossexual numa parte significativa da vida. Este percentual, seja ele um pouco menor ou maior, é muito expressivo e precisa de atenção por parte da saúde pública.

A Associação Médica Australiana divulgou há alguns anos um alerta aos profissionais gestores de saúde daquele país sobre a homofobia. Segundo a associação, o preconceito pode afetar a saúde de gays e lésbicas. O estudo feito na Austrália mostra que, por causa da discriminação, os homossexuais tendem a procurar os serviços de saúde com menor freqüência do que os heterossexuais.

No Brasil, a realidade não é diferente. Ao visitar o urologista, no caso dos homens, ou o ginecologista, no caso das mulheres, é comum que os médicos perguntem sobre a saúde do marido ou da esposa do paciente, sem levar em conta que casais podem ser do mesmo sexo. Não há dúvidas de que situações assim causam constrangimento.

Muitos médicos que trabalham no sistema público de saúde, e mesmo os que atendem fora dele, não estão preparados para o atendimento aos homossexuais. Gays e lésbicas não se sentem à vontade diante destes profissionais para admitir sua orientação sexual e expor seus problemas se saúde.

É por isso que seria interessante que os governos, sejam eles municipais, estaduais ou federal, desenvolvessem programas específicos de saúde para estes grupos, com clínicas especializadas e profissionais treinados. É necessário que a abordagem seja sem homofobia para que essas pessoas tenham qualidade no atendimento e segurança no tratamento.

Friday, July 27, 2007

BAREBACK, A ROLETA RUSSA DO SEXO

Desde que a Aids começou a se espalhar pelo mundo, no início da década de 80, todas as autoridades sanitárias e também entidades ligadas à proteção da vida lutam para reduzir os índices de contaminação do vírus HIV, que já matou milhões de pessoas desde que foi identificado. É por isso que são assustadoras as notícias de um movimento que está se espalhando pelo mundo que incentiva o sexo sem o uso de preservativos entre os homossexuais masculinos. É o chamado Bareback. Ou, numa tradução mais livre, 'montar em pêlo'.

O movimento, que teria começado na Europa e nos Estados Unidos, chegou ao Brasil e é muito preocupante. Os homossexuais que praticam o bareback alegam que os medicamentos disponíveis hoje controlam o HIV. Também dizem que quando se verifica a contaminação acaba a ansiedade e por isso deixam de se preocupar. Pode parecer insanidade um comportamento com este, a busca do prazer sem medir as consequências, mas é o que está ocorrendo em alguns grupos. Recentemente, uma pesquisa realizada num centro de tratamento de Aids na Inglaterra apontou que 62% dos entrevistados faziam sexo sem camisinha.

Essas pessoas estão colocando em risco a própria saúde e a de outras pessoas. Uma das coisas que precisamos deixar claro é que, apesar dos avanços da medicina, que são animadores, a Aids ainda é um problema muito sério. Há medicamentos que inibem o vírus HIV, porém é mentira que a contaminação não afeta a qualidade de vida da pessoa que toma a medicação. É bom lembrar que em nosso país, onde a crise no sistema de saúde é noticiada todos os dias, poucos têm acesso aos medicamentos. No Brasil, carente de estatísticas em praticamente todas as áreas, não se sabe quantas pessoas estão participando desta verdadeira roleta-russa, mas há diversos sites que incentivam a prática do Bareback. Sem querer ser alarmista, seria interessante que a Saúde Pública fizesse um trabalho também focado nestes grupos.

O Brasil avançou muito no combate à Aids e é exemplo para vários países. Conter estas 'modernidades' é essencial, pois se houver um crescimento no número de contaminações, possivelmente o sistema de saúde não conseguirá atender a todos e o resultado disso será o óbito dos que forem 'premiados' com a roleta-russa. Márcio Dantas de Menezes, médico e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual.

Friday, July 20, 2007

PÊNIS E CARROS

Qual a relação entre o tamanho do pênis e a forma de dirigir no trânsito? Para muita gente não há qualquer relação entre uma coisa e outra. Porém, este tema está sendo usado em uma campanha publicitária para reduzir acidentes de trânsito na Austrália. O fato é que o tamanho do pênis é uma preocupação constante para a maioria dos homens, principalmente para os jovens. Eles vêem no pênis um símbolo de força, potência, masculinidade e até de auto-estima.

No Brasil, por exemplo, 66% dos homens, conforme uma pesquisa publicada há alguns anos, não estão satisfeitos com o tamanho do seu pênis. A campanha de trânsito na Austrália busca atingir o homem justamente neste ponto tão sensível de sua anatomia. É exatamente o inverso do que sempre fez a indústria automobilística. Há muito tempo as propagandas de veículos associam a potência dos carros ao prazer e a belas mulheres.

No entendimento dos produtores dos comerciais, os jovens abusam dos carros como forma de compensar problemas em sua auto-estima. A campanha quer transformar o excesso de velocidade em algo inaceitável e para isso, mostram mulheres questionando a masculinidade dos jovens que abusam da velocidade. Pesquisas realizadas em vários países mostram que há realmente esta relação homem/carro. O carro para o homem é um símbolo muito forte, uma demonstração de poder, força, sucesso, de autoconfiança, ascensão social.

O bom da campanha é que ela abre uma nova discussão. É preciso mesmo ter um carro potente e veloz para ser feliz? É preciso ter um pênis enorme para ser feliz? É claro que não. No Brasil, o tamanho médio do pênis varia entre 11,5 a 16 cm. O prazer sexual não tem relação com o tamanho do membro masculino. Não é porque o pênis tem 18 ou 20 cm que o prazer será maior. É sempre bom lembrar que a vagina é elástica e se adapta ao tamanho do pênis do parceiro. Voltando à campanha de trânsito, não sei se ela ajudará a reduzir os acidentes na Austrália, mas é uma forma inteligente e jovem de abordar o tema.

Thursday, July 12, 2007

A TECNOLOGIA E O SEXO

Estamos vivendo a era da tecnologia. Aqueles aparelhinhos que antes a gente via em filmes do James Bond, o espião inglês a serviço de sua majestade, hoje são comprados em qualquer loja de eletroeletrônicos ou barraquinhas de camelódromos. Hoje, você tem câmeras fotográficas e de vídeo no telefone celular. Em um simples aparelho de MP3 é possível carregar toda a sua coleção de discos com seus cantores prediletos. É uma revolução, sem dúvida. Mas toda esta revolução também tem o outro lado. O lado que não é muito agradável e que pode afetar seriamente a vida das pessoas.

Dias atrás circulava na internet uma seqüência de fotos tiradas com um telefone celular. Nas fotos, um casal de namorados, talvez por brincadeira, registrou vários momentos de uma estada no motel. Momentos bem explícitos, diga-se. É lógico que nem tudo o que está na internet é o que realmente acontece.

Porém, a situação mostrada pode realmente acontecer com qualquer um. Para encurtar a história, o telefone celular teria sido roubado e as fotos do casal foram parar nas páginas da internet. Você pode imaginar o problema que isso pode causar para as famílias e para os dois personagens envolvidos?

A tecnologia é maravilhosa mas precisa ser usada com responsabilidade. Hoje vemos que muita gente não tem respeito ou responsabilidade pelo outro. Para muitas pessoas, essas duas qualidades passaram a ser descartáveis. ''Quando não tem mais valor pra mim eu destruo''.

A internet, por ser um espaço livre e sem censura, é o local mais usado para a destruição de pessoas. Nada se compara a ela em velocidade e ferocidade. Há exemplos para todos os lados. Uma das vítimas foi uma garota do interior de São Paulo, que teve fotos, possivelmente adulteradas, colocadas na internet. A moça precisou sair da cidade onde morava e virou alvo de brincadeiras maldosas na faculdade onde estudava. Os responsáveis pela brincadeira de mau gosto foram presos, mas até que isso ocorresse, o estrago já estava feito.

O caso mais emblemático foi o da modelo e apresentadora Daniela Cicarelli, que teve cenas tórridas com seu namorado espalhadas pela internet. Portanto, o que pode começar como um joguinho ou brincadeira inocente entre duas pessoas pode se transformar num grande desastre pessoal.

Wednesday, July 04, 2007

O MITO DA MASTURBAÇÃO

De tempos em tempos surgem alguns mitos que vão sendo transmitidos por meio do famoso telefone sem fio, boca-a-boca, e se perpetuando na sociedade. Muitas pessoas acabam transformando esses mitos em verdades absolutas, mesmo sem qualquer informação consistente que os comprove. Alguns são criados por segmentos da sociedade para conter ou colocar regras nas relações humanas. Inclusive, na atividade sexual.

Entre os mitos que ainda perduram nos dias de hoje em algumas regiões do país está o de que a masturbação em excesso pode provocar infertilidade ou impotência sexual. Não é verdade. Aliás, a masturbação é uma atividade normal do ser humano.

Algumas pesquisas relatadas em livros recentes, comprovadas por ultra-sonografias, mostram que a masturbação, tanto feminina como a masculina, ocorre, inclusive, intra-útero. Ou seja, antes mesmo de o bebê nascer, ele já experimenta as sensações da masturbação. Assim, a masturbação é um reflexo motor sensitivo, prazeroso, que está presente na vida das pessoas muito antes do que se imaginava.

Na verdade, ela acompanha o ser humano durante toda a sua vida com maior ou menor intensidade. É o caso, por exemplo, de homens com idade avançada que sofrem de impotência sexual. A masturbação é a forma com que muitos desses homens realizam sua atividade sexual.

É sempre bom lembrar que para a ejaculação não é necessária a ereção do pênis. A ereção é fundamental para a penetração. Como os homens que sofrem de impotência não têm ereção, a masturbação é usada para o prazer sexual.

Outro mito comum que se ouve muito é que a vasectomia e a laqueadura reduzem o desejo sexual. Também não é verdade. No caso dos homens, a vasectomia pode ter o efeito até de melhorar a libido. Como ela impede a passagem dos espermatozóides e a fertilização, os homens, sem esta possibilidade de engravidar a parceira, sentem-se mais livres para o sexo.

No caso da laqueadura o que pode ocorrer é que nos primeiros dias após a cirurgia, por causa das dores advindas do pós-operatório, o desejo sexual é refreado. Porém, quando a mulher já está restabelecida, o desejo sexual também volta ao normal, a não ser que ela esteja com algum problema emocional. Neste caso é importante procurar a ajuda de um profissional especializado.

Thursday, June 28, 2007

O SEXO PRECISA ESTAR NA AGENDA

Planejamento é bom em todas as áreas. É importante para otimizar os negócios. Indispensável para promover o crescimento da empresa. E necessário até para guardar dinheiro e realizar um sonho especial.

Então, que tal planejar a vida sexual do casal? Isso mesmo, criar uma agenda do amor, marcando dia, horário e local de encontros especiais.

Por algum motivo desconhecido, as pessoas pensam que o casamento marca o fim do trabalho de conquista e sedução do parceiro. Acreditam que, por terem assumido este compromisso, não é preciso ter pressa ou preocupação.

É fato que quando duas pessoas se casam ou decidem viver juntas, as necessidades do dia-a-dia acabam se transformando em prioridades. Assim, é comum, com o tempo, os carinhos e o sexo acabarem ficando cada vez mais para ''quando dá''. E assim, nunca dá.

O que acaba com o desejo não é o casamento, é a acomodação, a preguiça. Dá trabalho seduzir e conquistar alguém e o bom sexo depende da nossa capacidade de manter quem amamos seduzido.

Esqueçamos os pudores e os falsos moralismos. Admitamos que sem sexo, e do bom, não há relacionamento que dure. E sem o núcleo, ''eu Jane, você Tarzan'', o sonho de uma família estruturada e equilibrada fica mais difícil de ser concretizado.

Se o problema é tempo, a agenda resolve. Marcando com antecedência, dá para chegar mais cedo em casa e até planejar para aquele momento especial não coincidir com a final da Taça da Libertadores.

Se o problema é ''clima''. Agendando o encontro, dá para passar no cabeleireiro, massagista, depilador... e garantir estar especialmente linda para aquele momento.

Agendar também ajuda a criar o hábito. E fazer sexo com quem amamos é um hábito, comprovadamente, saudável.

Mas agenda não é só para eventos periódicos. Para garantir que o fogo continue ardendo até o próximo encontro, marque, aí, na sua agenda, como tarefa para todos os dias: lembrar de seduzir o meu amor. Comece e vai perceber quanto tempo você andava perdendo.

Friday, June 15, 2007

PARADA GAY PODERIA SER MELHOR APROVEITADA

Em apenas 11 anos a Parada Gay, realizada na cidade de São Paulo, já se tornou a maior do mundo. Este ano, três milhões de pessoas participaram da festividade. Não houve confusão. Com muita música e diversão, foi uma das mais tranquilas dos últimos anos. O aspecto positivo é que parece que o preconceito contra os homossexuais está diminuindo. O evento reuniu muitas famílias e um grande número de pessoas heterossexuais que foram prestigiar, conhecer e apoiar a festa.

Os cadernos de economia deram manchetes mostrando que este é o segundo maior evento da capital paulista em termos de faturamento. A previsão era de que a Parada Gay movimentasse este ano perto de R$ 136 milhões. Somente a etapa brasileira de Fórmula 1 gera um faturamento maior: R$ 150 milhões.

O aspecto econômico é importante, porém me parece que o evento poderia ser melhor aproveitado se ele produzisse um amplo debate sobre a condição do homossexual no Brasil.

Mas o que percebemos é que, de uma forma geral, a imprensa deu menos espaço para o evento comparativamente aos anos anteriores. E isso não é bom. A mídia procura a novidade. E a Parada Gay já não é tão novidade assim. Talvez seja por isso que o espaço ocupado pelo evento nos jornais, emissoras de rádio e TVs foi reduzido. Mas é importante que se amplifiquem as discussões.

Nos últimos anos, percebemos que houve evolução no combate ao preconceito. Mas temos diversos temas que precisam de uma atenção especial, como é o caso do casamento entre homossexuais, adoção, políticas educativas, combate à violência e à homofobia.

A homofobia, por exemplo, ainda está enraizada em vários segmentos da sociedade. Segmentos que temem o diferente, não admitem a diversidade. É interessante que, por mais que os anos passem e que se desmistifiquem os conceitos, ainda há pessoas que tratam a homossexualidade como uma doença, como um pecado.

São esses motivos que nos levam a crer que a Parada Gay, além da festa em si, poderia ser usada para fomentar mais debates e discussões sobre políticas de saúde, de inclusão e principalmente educacionais. A educação ainda é o melhor caminho para reduzir o preconceito e para disseminar o respeito.

Fonte: Folha de Londrina – 15/06/07

Monday, June 11, 2007

QUANDO O FILHO ASSUME A HOMOSSEXUALIDADE

Num belo dia, o filho ou a filha chega em casa, se enche de coragem e determinação e diz para os pais: sou homossexual. A revelação pode ser um choque para os pais, mas é um alívio para o filho ou filha. Milhões de pais já passaram por isso, em todos os lugares do mundo. E mesmo sabendo que esta situação não é tão incomum, a maioria continua angustiada, sem saber exatamente como e o que fazer. Mas não são só eles.

O que fazer nesta situação foi a pergunta que encerrou o seminário sobre sexologia dias atrás, numa das mais conceituadas universidades brasileiras. No curso estavam 50 profissionais de diversas especialidades que já trabalham com sexualidade. A pergunta causou um silêncio preocupante. Como lidar com esta revelação?

É comum, na maioria das comunidades, que as crianças, desde bebês, sejam orientadas para o gênero heterossexual. O menino ganha roupas azuis, bola de futebol, carrinhos. O quarto das meninas é decorado em tons rosa, elas recebem bonecas e panelinhas de presente. Por isso, quando acontece a revelação da opção sexual do filho, muitos pais acham que fizeram algo de errado na educação deles. E até se culpam por isso.

Desde 1985, o Conselho Federal de Medicina do Brasil não considera a homossexualidade uma doença física e mental. Em 1999, o Conselho Federal de Psicologia publicou uma resolução, normatizando a conduta dos psicólogos diante da questão: ''Os psicólogos não colaborarão com eventos ou serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades''. Traduzindo: homossexualidade não é doença.

Algumas estatísticas mais tradicionais dizem que 10% da população masculina é bissexual, sendo que de 2% a 4% seria exclusivamente homossexual. Os percentuais caem pela metade no caso das mulheres. Há pesquisas sendo divulgadas nos Estados Unidos mostrando que 24% da população, em algum momento da vida, desenvolveu alguma ação homossexual. Além desta situação, ainda existe a homossexualidade ocasional. Isso ocorre muitas vezes em ambientes de muita tensão, como nas guerras e cadeias.

A homossexualidade nada mais é do que uma das variações das diversas possibilidades do desejo sexual que o ser humano tem. Por isso, se o seu filho ou filha disser que é homossexual, nada de brigar; isso só piora a dor de todos.

O melhor caminho é conversar e entender em que nível de amadurecimento emocional a pessoa se encontra, como está a saúde física e mental do filho(a) e quais são suas necessidades reais. O entendimento e a proteção familiar são o socorro mais imediato para amenizar a angústia pela qual o filho ou a filha passou nos anos de silêncio.

Tuesday, June 05, 2007

HIGIENE PREVINE CÂNCER NO PÊNIS

Um dia alguém percebeu que uma das melhores formas de ajudar no combate à infecção hospitalar era simples e barata. O simples ato de lavar as mãos com água e sabão depois de um atendimento ou procedimento médico baixou muito os índices de infecção hospitalar, em diversos hospitais brasileiros.

A higiene é fundamental na vida das pessoas. Ela ajuda a combater e prevenir contra várias doenças. Uma dessas doenças é o câncer no pênis.

As pessoas se lembram de comer todos os dias porque, caso contrário, morreriam de fome; escovam os dentes todos os dias para preservá-los e manter a boca saudável. Mas então por que será que muita gente se esquece de fazer a higiene íntima regularmente, mesmo sabendo que isso é importante para evitar enfermidades e ter uma vida sexual saudável e prazerosa?

O câncer de pênis aparece com mais freqüência em homens com idade acima de 50 anos. Em jovens a incidência é bem menor, mas existe. Nas regiões Norte e Nordeste, segundo o Ministério da Saúde, o câncer de pênis é mais comum do que o câncer de bexiga e de próstata.

Entre os sintomas mais evidentes e visíveis estão a perda da pigmentação 1do pênis, formação de caroço, feridas que não desaparecem, tumor no pênis ou na virilha, vermelhidão constante. Observando qualquer desses sintomas, é necessário procurar um médico com urgência para uma avaliação clínica.

Há casos em que a pessoa somente procura um médico mais de um ano depois do aparecimento dos primeiros sintomas. Além de prejudicar o tratamento, a doença pode atingir um estágio irreversível.

Se o problema é detectado no início, o tratamento é mais eficaz e os resultados são melhores, porém, em estágios muito avançados pode ocorrer até a necessidade de amputação do membro.

A boa higiene é fundamental. São vários os problemas que a falta de uma higiene adequada pode provocar. Na cabeça do pênis (glande) e no prepúcio existem glândulas sebáceas que produzem uma substância gordurosa e esbranquiçada, e com um cheiro característico chamada esmegma. Quando a higiene do pênis não é bem feita, o esmegma acumula-se e provoca mau cheiro, além disso facilita o aparecimento de inflamações e infecções.

É importante ressaltar que o uso de camisinha ainda é o melhor meio de se prevenir contra doenças sexualmente transmissíveis. Nunca use pomadas ou outros remédios sem antes consultar um médico.

Márcio Dantas de Menezes, médico e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual



FONTE: Folha de Londrina – Caderno de Cidades – 05/06/07

Thursday, May 31, 2007

ENTRE QUATRO PAREDES

Sexo é um assunto sempre instigante e sempre muito controverso. Em cada cultura, em cada país, ele é tratado de uma forma particular. E mesmo dentro de uma mesma cultura, uma mesma cidade, o sexo é visto de ''n'' modos diferentes. O que é interessante e prazeroso para uns nem sempre é interessante e prazeroso para outros. Uma pergunta, por exemplo, que sempre persegue as pessoas, mesmo aquelas que se consideram esclarecidas e liberais, é se vale tudo entre quatro paredes.
O fato é que não existe exatamente uma resposta definitiva. Vale e não vale. A resposta pode parecer ambígua, inconclusiva. Mas é a mais pura realidade. Entre quatro paredes, a sua permissão vai até onde o seu parceiro ou sua parceira permitir. O prazer do sexo necessita de compartilhamento, de troca, de entrega. Se apenas um dos participantes tem prazer, com certeza não haverá satisfação e quando não há satisfação, há frustração. No sexo, ninguém deve ser apenas coadjuvante. Os dois precisam ser protagonistas.
É por isso que a resposta de 'se entre quatro paredes vale tudo' é tão complexa. Veja. Há pessoas que adoram o arroz com feijão, e o máximo de ousadia que se permitem é fazer uma ou outra variação de posições no momento do ato sexual. Preferem o sexo básico, sem grandes inovações.
Já há os que adoram as fantasias, os complementos, os fetiches, as variações. Fazem de cada relação sexual um momento especial, transformando-o praticamente em um evento. Quem está certo? Todos estão certos, desde que respeitem o parceiro.
A verdade é que cada pessoa, cada casal precisa encontrar o seu ponto de equilíbrio e de prazer mútuo. O sexo pode ser desfrutado de infindáveis formas. Há casais que se tornam tão amigos, mas tão amigos, com uma convivência tão tranquila e estável, que o sexo acaba se transformando num ato importante, mas não essencial à relação. Essas pessoas, muitas vezes, deixam de buscar as infinitas possibilidades de prazer a dois que o sexo pode oferecer. Mas é sempre bom estar alerta, pois muitas vezes quando tudo está bem, nada está bem. A acomodação pode se transformar em um enorme mal para as relações.
Já outros casais preferem viver a sexualidade de forma mais intensa, usando a criatividade para melhorar a vida sexual. Até a reconciliação depois daquela briguinha pode ser transformada numa motivação a mais para o sexo ficar mais prazeroso.

Tuesday, May 22, 2007

SÍNDROME DE PEYRONIE

Você já ouviu falar da Síndrome de Peyronie? A doença foi identificada pela primeira vez pelo médico francês François Gigot de La Peyronie. As principais características visíveis são uma espécie de calo e uma curvatura anormal e progressiva do pênis - seja ela para cima, para baixo ou para o lado, no momento da ereção - provocada por uma fibrose.

É preciso deixar claro que nem toda curvatura no pênis é decorrente da doença. Em alguns casos, a curvatura é congênita. É importante dizer também que nem todo pênis com curvatura apresenta problemas.

A Síndrome de Peyronie aparece com mais frequência em homens adultos com idade acima de 38 anos. Em casos extremos, a curvatura do pênis pode atingir até 90 graus, causando desconforto e até impossibilitando uma relação sexual de forma satisfatória. Nos casos mais graves, a doença reduz a potência da ereção. Nestas situações, além da doença em si, a perda da qualidade da atividade sexual pode afetar a pessoa emocionalmente.

Alguns estudos associam o problema ao estresse, a acidentes com trauma na região genital, microtraumas durante a relação sexual, evoluindo para fibrose e calcificação. A placa de fibrose pode se instalar na superfície ou na parte interna do pênis.

Nos seis primeiros meses do aparecimento da doença, o homem sente dores no pênis no momento da ereção. Com o tempo, a impressão que ele tem é de que a dor diminui, mas na maioria dos casos a pessoa apenas aprende a conviver com ela, o que não é nada bom.

Para avaliar a dimensão e extensão da doença, é importante a realização de uma ultra-sonografia. Os tratamentos variam de acordo com a gravidade. Há a possibilidade de tratamento clínico e em outros casos é preciso uma intervenção cirúrgica.

Da mesma forma que o homem cuida de seu coração, indo regularmente ao médico, também é preciso cuidar do seu órgão genital e de sua saúde emocional.

Mitos e Verdades - Verdade: não há uma forma eficaz comprovada de prevenção contra a Síndrome de Peyronie


Marcio Dantas de Menezes, médico e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual

Friday, May 04, 2007

VOCÊ SABE O QUE É ANDROCLIMATÉRIO?

Se há uma coisa de que ninguém escapa é dos efeitos causados pelo tempo. A idade chega, o corpo reage diferente aos estímulos. Muitas pessoas ainda acreditam, por exemplo, que o fato do homem se tornar mais impaciente e nervoso quando fica mais velho é natural e, por isso, irreversível.

Isso não é verdade. O fato é que a idade vem para todos e ela traz mudanças no corpo do homem. A alteração de humor, a queda da disposição física, bem como a diminuição do apetite sexual são reflexos diretos de variações hormonais causadas pelo processo de envelhecimento, que desencadeia o climatério masculino, que deve e pode ser tratado.

A melhor alternativa para este caso é a prevenção. Todos os homens devem realizar exames periódicos para medir a dosagem hormonal a partir dos 40 anos de idade. A queda na produção deste hormônio é natural. Ela tem início a partir dos 20 anos e sua diminuição varia de 17% a 32% até os 60 anos. A queda mais acentuada ocorre entre os 20 e 40 anos.

Mesmo assim, na maioria dos homens, a quantidade produzida pelos testículos continua suficiente com o avançar da idade. O acompanhamento permite intervir assim que a queda de produção dos hormônios, principalmente da testosterona - hormônio masculino que regula a energia vital e o humor - for mais significativa.

Nos homens, níveis insuficientes de testosterona provocam, entre outros sintomas, cansaço físico, desânimo e irritabilidade. Esses sintomas acabam prejudicando o convívio social da pessoa, levando-a à solidão e a um comportamento depressivo. Esta situação pode ser evitada com conscientização, prevenção e tratamento.

Com o diagnóstico precoce, a reposição hormonal traz resultados excelentes. Embora não haja nenhuma comprovação científica de que a testosterona potencializa o aparecimento de câncer de próstata, este tipo de tratamento não é indicado quando o paciente tem histórico pessoal de câncer de próstata ou casos da doença na família.

Thursday, April 19, 2007

É IMPORTANTE CONHECER O PRÓPRIO CORPO

Você conhece seus órgãos genitais? Pode parecer que a resposta é óbvia, mas nem todas as pessoas conhecem. Os motivos são os mais variados e vão desde a pura falta de curiosidade até questões religiosas.

Os homens parecem ter mais curiosidade sobre seu órgão sexual e como a genitália masculina é externa, fica até mais fácil a visualização, o tato e o autoconhecimento. No caso das mulheres, mesmo o mundo tendo evoluído, muitos preconceitos terem sido derrubados e a grande gama de informações disponíveis, ainda percebe-se um certo tabu entre elas.

Todos sabem que a saúde sexual é essencial para homens e mulheres serem saudáveis física e emocionalmente. Porém, ainda é grande o número de mulheres que sabem pouco ou nada sobre a anatomia e o funcionamento da vagina.

A vagina é o tubo muscular que vai da vulva até o útero. Se dividirmos a vagina em três partes, veremos que a parte mais externa (vulva) corresponde ao que hoje alguns chamam de abertura vaginal do clitóris. É uma área bastante sensível para o sexo. O conhecimento do próprio corpo é fundamental para que o relacionamento sexual seja mais prazeroso.

O limite entre a vagina e a vulva constitui uma dobra, o hímen. A cada lado da abertura externa da vagina há duas glândulas de meio milímetro, chamadas bartolino, secretoras de um muco que lubrifica o canal na copulação. A função da vagina é receber o pênis no coito e dar saída ao feto no momento do parto, assim como expulsar o conteúdo menstrual.

Por exemplo: você sabia que o primeiro terço do canal da vagina tem mais sensibilidade e os outros dois terços bem menos? É por isso que as mulheres usam absorventes internos ou mesmo um diafragma e nada sentem. É este também o motivo pelo qual algumas mulheres, no ato sexual, não sentem tanto prazer com a penetração e preferem a estimulação da parte externa.

Friday, April 13, 2007

O VIAGRA E AS MULHERES

O Viagra, a famosa pílula azul, provocou uma revolução na vida dos homens que chegam à terceira idade e que sofriam com problemas de ereção. Este medicamento e outros similares, que facilitam a ereção, trouxeram qualidade de vida a uma grande quantidade de homens que já não se sentia mais apta para a relação sexual.

Mas, e para as mulheres? Existe uma medicação semelhante? É uma pergunta que eu sempre ouço da ala feminina. O Viagra também pode ser usado pelas mulheres?

São várias as pesquisas em andamento em muitos países, mas ainda não há uma posição definitiva sobre o assunto. Mas, algumas mulheres vêm tomando o Viagra com resultados interessantes. Uma consulta feita recentemente pelo departamento de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) com 22 mulheres com idade entre 45 e 59 anos, na fase da pré-menopausa, mostrou bons resultados. Essas mulheres tomaram o medicamento por 15 dias seguidos e disseram que a relação sexual melhorou.

O que ocorre é que o Viagra é um vasodilatador. O fato é que muitas mulheres têm sérios problemas de circulação sanguínea no clitóris e em regiões da vagina. Os motivos são os mais diversos. Esta circulação sanguínea irregular pode ser causada por problemas decorrentes de cirurgias para a retirada do útero, dos ovários, diabetes, hipertensão, fumo ou alcoolismo, só para citar alguns exemplos. Hoje já se estudam doenças como a fibrose do clitóris, que também prejudica a circulação sanguínea nesta área.

Como o Viagra é um vasodilatador, ele ajuda a aumentar a circulação de sangue na artéria clitoridiana e a relaxar a musculatura lisa, podendo até provocar uma ereção do clitóris, melhorando a lubrificação vaginal, e consequentemente, facilitando a penetração.

É bom deixar claro que o Viagra ou qualquer similar não garante orgasmo para as mulheres. A dificuldade de orgasmo está presente em 25% das mulheres e está relacionada a fatores físicos ou psicológicos, ou os dois simultaneamente, e precisa ser avaliada por um médico.

O que é certo é que não existe ainda medicamento que provoque o orgasmo. Porém, com o uso do vasodilatador, como a região fica mais sensível com o aumento da circulação sanguínea, a relação sexual pode ser bem mais prazerosa.

Wednesday, April 11, 2007

SERÁ QUE O BRASIL QUER ESTA MEDALHA?

Há poucos dias um jornal do Rio de Janeiro publicou uma matéria mostrando que prostitutas do Rio estão fazendo curso de inglês para melhor atender os clientes estrangeiros que estarão na cidade no período dos jogos Pan Americanos.

Quando você viaja para o exterior é comum encontrar agências de turismo que ofertam serviços sexuais incluídos nos pacotes turísticos para o Brasil. Os cartazes mostram mulheres sensuais e insinuam facilidades eróticas. O pior é que até em materiais oficiais do nosso próprio governo há esta exploração da sensualidade das mulheres brasileiras.

Em 1994, durante a Copa do Mundo dos Estados Unidos, quando os turistas descobriam que éramos brasileiros, era comum ouvirmos grosserias sobre as mulheres brasileiras.

O grande problema que vemos é que a prostituição e o turismo sexual, em várias cidades do nosso país, está deixando de ser exceção e sim a normalidade. Em algumas cidades litorâneas do Nordeste, há casos de pais que incentivam os filhos a se prostituir para trazer dinheiro para a família. A prostituição está se transformando em meio de subsistência. O que é possível esperar de jovens que passam a ver a prostituição e a exploração sexual como situações normais do cotidiano?

Sem querer agir como um puritano radical, esta situação precisa de atenção especial de todos nós. O comércio sexual afeta a vida das pessoas de forma brutal, principalmente aquelas que são usadas neste comércio.

O Brasil é um país lindo, cheio de belezas naturais, com um povo criativo, inventivo. O país não pode continuar se vendendo lá fora como o paraíso do sexo pago. Além de pressionar os órgãos do governo para que atuem com mais rigor contra o comércio do sexo e o turismo sexual, é necessário também uma atenção especial às famílias.

O Pan Americano está chegando. O Brasil está investindo uma fábula neste empreendimento para melhorar a imagem do país. Acredito que não seja a medalha de ouro do turismo sexual que o país quer ganhar.

Tuesday, April 03, 2007

ESTÉTICA DOS ÓRGÃOS GENITAIS

Ter saúde sexual é indispensável para homens e mulheres serem saudáveis física e emocionalmente. Mas preconceitos gerados por questões sociais e culturais tornam a vida das pessoas mais difícil, principalmente das mulheres.

Sim, o mundo evoluiu mas alguns temas continuam sendo “tabu”, quase da mesma forma que na idade média. O resultado é que mesmo nos dias atuais, com as facilidades para obter informações, é grande o número de mulheres que pouco ou nada sabem sobre a anatomia e função da vagina.

Enquanto o homem tem uma relação íntima com seu órgão sexual e desde pequeno aprende a valorizá-lo como fonte de prazer e de orgulho – símbolo de sua masculinidade; a mulher é socialmente educada para “ignorar” a existência do seu órgão sexual. Infelizmente a mulher ainda tem vergonha do próprio corpo. Afinal, até hoje, uma mulher que demonstra preocupação com sua saúde sexual (físico e desempenho) é considerada “avançada”.

Uma paciente me contou que só descobriu como era a sua vagina aos 30 anos. Disse que foi por acaso; quando estava na depilação. Só então ela decidiu pegar um espelhinho e descobrir como era o seu órgão sexual. E achou feia e esquisita – outro pré-conceito comum entre as mulheres.

E esta mulher não é uma exceção. Já tive pacientes que somente depois de muito tempo e até casamentos, descobriram que tinham algum tipo de má-formação da vagina e vulva. Achavam que o desconforto eventual era natural.

Os preconceitos fazem com que muitas vezes as mulheres convivam a vida inteira com um problema sexual sem saber que podem ficar livres dele, e de todos os constrangimentos que eles podem gerar. As cirurgias da intimidade podem ser feitas em qualquer fase da vida e as intervenções duram, em geral, entre 30 e 60 minutos, são feitas com anestesia local e raque e não deixam cicatrizes aparentes. Seja por uma questão estética ou ainda com o intuito corretivo, o resultado geralmente modifica de forma positiva a auto-estima dessas pessoas.

A maior queixa da brasileira é a hipertrofia dos pequenos lábios vulvares. Calcula-se que uma em cada mil mulheres apresenta o problema, e mais da metade se submete à cirurgia de correção. Outros problemas comuns são, escurecimento da mucosa (hiperpigmentação) e o alargamento do canal vaginal (fragilidade muscular ou hipotomia).

Monday, April 02, 2007

TODOS TÊM ORGASMO?

Afinal, todos os homens e todas as mulheres têm orgasmo? O ideal é que a resposta fosse sim, mas estudos comprovam que nem todos têm. Segundo um estudo sobre o perfil sexual dos brasileiros, publicado pela Revista Brasileira de Medicina, 29% das mulheres disseram que têm dificuldades para atingir o orgasmo. A palavra para este problema é anorgasmia.

Nos últimos anos, o comportamento sexual das pessoas vem passando por transformações. Independentemente de religiões, culturas e camada social, homens e mulheres buscam informações para conhecer melhor o próprio corpo e ter uma vida sexual mais saudável. Mas ainda há muito o que avançar.

A anorgasmia, por exemplo, é um mal que atinge milhares de pessoas. Ela é a ausência recorrente de orgasmo, após uma fase de excitação normal, ocorrida com estimulação adequada em intensidade e duração e pode ser classificada como primária, que é quando ocorre com pessoas que nunca atingiram um orgasmo, seja por meio da relação sexual ou da masturbação; a secundária ocorre em pessoas que tinham orgasmos em relações sexuais e deixaram de tê-los de forma sistemática; a absoluta, se a pessoa é incapaz de atingir um orgasmo pela relação sexual ou pela masturbação, em nenhuma circunstância; e situacional, se a pessoa pode alcançar um orgasmo, mas só em circunstâncias específicas.

Há vários fatores - orgânicos e psicológicos, ou ambos - que podem provocar a falta de orgasmo. As mulheres reagem de forma diferente dos homens aos estímulos. A mulher é mais sentimental e romântica. Ela tem que sentir e ser sentida. Já o estímulo do homem é mais visual, ele precisa tocar. As mulheres precisam se sentir bonitas, ter segurança, melhorar a auto-estima.

Entre os fatores orgânicos podemos destacar problemas com a tireóide, circulação sanguínea, cardiopatias, obesidade, diabetes, estar em estado depressivo ou o abuso do cigarro. Essas situações podem comprometer a excitação e, em consequência, a chegada ao orgasmo. A boa notícia é que a anorgasmia tem tratamento, e com ótimos resultados.

No site www.abcdasaude.com.br são apresentadas algumas técnicas para que as mulheres entendam mais o seu corpo. Se a questão for clínica, o melhor caminho é procurar um médico para uma avaliação.

Thursday, March 29, 2007

ONU recomenda circuncisão masculina contra a Aids

GENEBRA (Reuters) - A ONU formalizou na quarta-feira a recomendação da circuncisão masculina como forma de evitar a Aids em homens heterossexuais, especialmente em países africanos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Unaids (agência da ONU de combate à Aids) deram aval às recentes pesquisas segundo as quais a retirada do prepúcio pode reduzir a menos da metade a vulnerabilidade dos homens quando há contato sexual com mulheres contaminadas pelo vírus HIV.
As agências disseram que países com altas taxas de contaminação entre heterossexuais devem ampliar o acesso à circuncisão masculina, dando prioridade aos jovens sexualmente ativos, mas continuando a promover o uso de preservativos e os exames regulares.
"Essas recomendações representam um passo significativo adiante na prevenção do HIV", disse Kevin de Cock, diretor de programas de Aids/HIV da OMS.
Das 40 milhões de pessoas contaminadas no mundo, 25 milhões vivem na África Subsaariana, onde a atividade heterossexual é a principal forma de contaminação. Cerca de 30 por cento dos homens do mundo são circuncidados.
Especialistas acreditam que células do prepúcio sejam particularmente suscetíveis à contaminação pelo HIV. Não há evidências de que mulheres com parceiros circuncidados tenham menos risco, mas há estudos nesse sentido, segundo fontes da Unaids e da OMS.
Os estudos feitos até agora mostram que há poucos benefícios da circuncisão em práticas homossexuais masculinas.
FONTE: UOL Ciência e Saúde

Friday, March 16, 2007

A ATRAÇÃO PASSA PELO OLFATO

A maioria das pessoas já passou por isso. Você é apresentado a alguém no trabalho ou socialmente e mesmo sem nem trocar sequer um cumprimento, sente que algo o incomoda naquela pessoa e a sensação nítida é de ''não ter gostado dela''. É comum este sentimento causar até um certo desconforto porque não encontramos motivos para essa sensação.

O contrário também acontece. Você não conhece alguém, não foi apresentado ainda, mas sente que tem simpatia pela outra pessoa, chegando a afirmar que ''gosta dela''. Pode até parecer que é um caso de antipatia ou simpatia gratuita. Mas não é.

A causa mais comum para este tipo instantâneo de aceitação ou rejeição está no fato de cada pessoa ter um cheiro específico e individual. E embora este cheiro não seja percebido conscientemente como um perfume ou igual a um odor desagradável, ele influencia nossa vida o tempo todo. Tanto que na hora de escolher um parceiro o olfato pode ser mais importante que qualquer outro sentido.

A ciência já comprovou que mesmo com toda a evolução, o ser humano também utiliza os feromônios - substâncias químicas que funcionam como mensageiros, transportando informação entre indivíduos da mesma espécie psicológica.

Preocupado? Não há motivos. Pesquisas mostram que é fácil enganar o olfato humano. E empresas já estão lançando produtos com feromônios sintéticos, prometendo aumentar o poder de atração de homens e mulheres. Mas não confie nisso.

No caso dos seres humanos, o cheiro atrai ou repele em função das memórias e sensações que desperta e isso depende unicamente da história de vida de cada um, não dos instintos. Um bom perfume tem a mesma eficiência. E se a idéia é investir em cheiros, aproveite as dicas da aromaterapia.

Segundo esta ciência, alguns óleos essenciais de aromas específicos são capazes de estimular o sistema límbico e despertar instintos primários, como sexo, sede e fome. Entre os melhores para esquentar a vida sexual estão os óleos de jasmim, ylang-ylang, canela e cravo. Usados em produtos para massagem ou para perfumar ambientes, eles ajudam a criar ''o clima'', mas não são capazes de trazer excitamento sexual direto. Para isso, vale a receita de sempre: amor, desejo, respeito, cumplicidade e vontade de ser feliz.

Thursday, March 01, 2007

FRIGIDEZ PREOCUPA

Frigidez. A palavra é forte e ainda incomoda muito um grande número de mulheres. A palavra frigidez foi criada no início do século 20 pelo fundador da psicanálise, Sigmund Freud, para nominar o que se considerava mulher fria, aquela que não tinha desejo sexual. O termo, hoje entendido como pejorativo, não é mais usado por estudiosos e profissionais da área.

O termo mais usual hoje é anorgasmia, que é a falta de desejo sexual. Essa é uma das disfunções sexuais mais comuns entre as mulheres. A anorgasmia é um problema sério que merece investigação das causas e tratamento adequado.

Para que isso ocorra, é preciso deixar claro que frigidez e ausência de orgasmo são disfunções sexuais diferentes. Mulheres que não conseguem experimentar orgasmo podem continuar tendo prazer e interesse sexual. Já no caso da frigidez, o principal sintoma é a diminuição ou falta de desejo sexual. É importante lembrar que, ao contrário do que pensam alguns, o desejo sexual do ser humano adulto e consciente não se compara a simples pulsões fisiológicas, como é o caso da fome ou da sede. É formado por três componentes principais: a biologia, a psicologia e a socialização, todos interagindo continuamente uns com os outros.

Então, o passo seguinte é compreender que uma mulher não ''é frigida'', ela ''está'' sem desejo sexual. Os motivos podem ser circunstanciais como stress e descontentamento com o parceiro. Podem ser psicológicos, reflexo, por exemplo, de uma educação rígida e repressiva ou de experiências traumáticas. E embora seja menos comum, o problema pode ser causado por problemas orgânicos.

Pesquisas apontam que 66% das mulheres sofrem de alguma queixa de dores na penetração, uma das principais causas da ''frigidez''. A dor ofusca qualquer desejo, que compromete a excitação e o desempenho. A penetração antes de a mulher se sentir lubrificada é o fator que mais provoca esse tipo de desconforto. Mas há situações como inflamações e infecções na área genital que podem causar contrações e dores. Por isso, é sempre importante procurar um médico que vai poder orientar e indicar o melhor tratamento.

Mitos e Verdades

Verdade: estudos realizados com mulheres de 18 a 59 anos mostram que 33% apresentam manifestações de déficit de desejo sexual; 24% descrevem anorgasmia e 19% relatam dificuldade de excitação.

Wednesday, February 28, 2007

SEDUÇÃO PODE SER APRENDIDA

Você sabe seduzir? Esta pergunta bem que poderia estar nas revistas femininas acompanhada daqueles testes que tentam dar um perfil aproximado de quem os responde. Os testes são sempre curiosos, mas funcionam mais como diversão do que qualquer outra coisa. O fato é que, de uma forma ou de outra, toda pessoa pode ser sedutora. Você, eu, todos nós.

É verdade que alguns afortunados já nascem com o dom da sedução. Engana-se, porém, quem imagina que para ser sedutor é preciso ser, necessariamente, bonito ou bonita, ser rico ou famoso ou todas as alternativas anteriores.

Quantas vezes você já não ouviu algum amigo ou amiga dizer: nossa, como aquele cara tão feio namora mulheres tão lindas? Ou o contrário: como mulheres aparentemente sem atrativos físicos namoram homens bonitos?

O homem brasileiro, aficionado por bumbuns, tem entre suas musas a atriz Juliana Paes. Morena, lábios grossos, corpo torneado. Há os que preferem a modelo internacional Gisele Bündchen. Mas há também os que são malucos pela atendente da farmácia, pela caixa do supermercado, pela policial de trânsito. Ou, no caso feminino, os atores Brad Pitt, Rodrigo Santoro, o jogador Kaká, o motorista de táxi, o frentista do posto e tantos outros.

A sedução não é encontrada apenas no físico. Você encontra a sedução no jeito de olhar, na forma de andar, de sorrir, de falar, de se vestir, nas atitudes frente aos problemas. Enfim, há uma infinidade de ferramentas que todos podemos usar como arma de sedução. O poeta Vinicius de Moraes não era exatamente um homem bonito, mas tinha o poder de seduzir pelas palavras.

A verdade é que a sedução é imprescindível para os relacionamentos. Você talvez já tenha ouvido aquela frase: ‘‘depois que você está sentado no banco do ônibus, não é preciso correr mais atrás dele’’. Pois é. A frase é curiosa, mas não funciona nos relacionamentos. Aliás, muito pelo contrário. Na vida a dois, a acomodação é o melhor caminho para o fim da relação.

A sedução é importante para manter a vida a dois acesa. Um jantar diferente, flores, um convite para dançar, um telefonema com palavras carinhosas durante o dia, um pequeno presente. A sedução pode e deve ser aprendida.

Thursday, February 15, 2007

BUSCA PELA PERFEIÇÃO PODE PROVOCAR DOENÇAS

Todas as pessoas têm um ideal de beleza. Em uma época em que a imagem física ganhou destaque absoluto, com rígidos padrões de beleza, é difícil definir até onde o indivíduo pode ou não ir em busca de um ideal estético. Algumas pessoas imaginam que o ideal de beleza se configura na modelo brasileira Gisele Bundchen. Realmente ela é uma mulher muito bonita. Porém, ela mesma já disse em entrevistas que o seu nariz lhe trouxe muitas preocupações. Ela o considerava muito grande e imaginava que isso poderia atrapalhar quando fosse convidada para trabalhar.

Dias atrás a modelo brasileira Sheila de Almeida era o tema de uma enquete realizada pelo site Terra, que queria saber a opinião dos internautas sobre mulheres com seios grandes. Sheila é considerada a mulher que possui a maior prótese de silicone do Brasil. Ela tem 1,2 litros por mama. Aos 27 anos, Sheila mede 1,58m e pesa 56 quilos. A modelo já fez 14 cirurgias plásticas. A primeira prótese que colocou tinha 235 ml. A meta da modelo é colocar 2,5 litros em cada seio. Sem dúvida um exagero, que pode trazer problemas de saúde, como provocar dores na coluna e na cabeça.

A insatisfação de Sheila com o corpo não é tão incomum. Mais de 80 mil brasileiras colocaram próteses nas mamas nos últimos anos. O fato é que raras são as pessoas que estão inteiramente satisfeitas com o próprio corpo. Mas esta insatisfação não pode se transformar numa fonte de angústia. Isso é perigoso e pode se transformar em doença.

A dismorfofobia é um transtorno que tem como principal sintoma a preocupação excessiva por defeito corporal, real ou imaginário. Ela é reconhecida como doença que demanda atendimento médico pela Organização Mundial de Saúde. Esta síndrome tem como base os conflitos de auto-imagem (forma como a pessoa se enxerga física e emocionalmente). Sem o atendimento e tratamento adequados as conseqüências podem ser graves, variando de uma dificuldade moderada de socialização até a impossibilidade de desempenhar atividades importantes, como trabalho e relacionamentos pessoais. Não se deve desmerecer o problema nem confundi-lo como uma expressão de vaidade ou futilidade.

A partir do momento em que um problema psicológico ou real impede alguém de desempenhar atividades ditas normais o atendimento médico é plenamente justificado.

Wednesday, February 07, 2007

COLOCANDO PIMENTA NO RELACIONAMENTO

Há quanto tempo você não faz algo diferente para aquecer o seu relacionamento sexual? Há quanto tempo você não se insinua para o seu parceiro ou parceira? Não diz palavras de carinho? Não faz um programa diferente? O cansaço do dia-a-dia, as preocupações com o trabalho até podem, mas não devem ser usadas como desculpas. O relacionamento precisa ser apimentado um pouco de vez em quando para dar mais sabor à vida.

Em janeiro, aconteceu em Las Vegas, nos Estados Unidos, uma grande convenção sobre produtos eróticos. Havia de tudo, de filmes para o público adulto até brinquedos eróticos de todos os tipos. Mais de 30 mil pessoas passaram pela convenção. Isso comprova a força deste mercado e também dá uma demonstração de que as pessoas estão querendo buscar novidades na arte de fazer amor.

Nas principais cidades do Brasil as lojas de sex shop deixaram os lugares escondidos nos fundos das galerias para se instalar nas grandes avenidas. Isso reflete a mudança de comportamento sexual que está ocorrendo. Além dos homens, as mulheres também estão frequentando mais essas lojas em busca de roupas, cremes e uma infindável variedade de produtos para aquecer o sexo e sair um pouco da rotina. Com a liberdade sexual conquistada pelas mulheres hoje, elas têm muito mais liberdade e consciência do que desejam e não se envergonham disso.

A experimentação é benéfica, principalmente, se o casal deixou a paixão arrefecer e a criatividade pegar no sono profundo. Casais que se gostam não devem permitir que o relacionamento sexual, que é uma parte essencial na vida a dois, seja colocado de lado com o tempo.

A fantasia e a criatividade são essenciais e abrem possibilidades para melhorar a relação. Mas muito mais importante do que roupas, brinquedinhos e fantasias é o respeito entre os dois. Por isso, antes de ligar as turbinas e colocar a criatividade em ação, lembre-se de que é preciso conversar com o parceiro, conhecer muito bem seus gostos para não errar na medida.

Nem sempre o que é ótimo para você será para ela, ou para ele. Para algumas pessoas um brinquedinho pode ser sensual e excitante, para outras não. Conversar é o melhor caminho. O prazer não deve ser egoísta, é preciso ser compartilhado.

Thursday, February 01, 2007

É ESSENCIAL SEPARAR E FICÇÃO DA REALIDADE

Ao ligar a TV, nossas casas são invadidas por uma infinidade de informações. Revistas e jornais nos trazem um panorama de todo o mundo. Algumas dessas informações são importantes, nos fazem refletir, ficamos sabendo como outras pessoas pensam, agem. Informações da tv são descartáveis e pouco ou nada contribuem para o nosso crescimento. No Brasil, onde o índice de leitura não é dos mais elevados, a televisão se transformou no principal difusor de informações. É também uma indutora de comportamento. A roupa usada por determinada atriz se transforma na roupa da moda. Algumas situações são inofensivas, outras, nem tanto.

Determinadas novelas e seriados, por exemplo, banalizam o comportamento sexual. Parece que há personagens que são criados apenas para transar e aquecer os índices de audiência. E não é raro que as cenas apelativas sejam veiculadas em horários inadequados.

No ano passado o Ministério Público ficou incomodado com as cenas de strip-tease da atriz Ana Paula Arósio para o ator Edson Celulari, na novela Páginas da Vida, e questionou a classificação da novela, para maiores de 14 anos.

A erotização desenfreada também atinge programas de TV por assinatura. Alguns seriados sobre o dia-a-dia de hospitais mostram médicos, enfermeiras e funcionários em constante tensão sexual. Fazem sexo no quarto do plantonista, no almoxarifado, nos quartos de pacientes. Enfim, insistem em mostrar uma conduta sexual que está longe da realidade.

O problema é que muitos desinformados acreditam que as situações vividas nesses programas fazem parte da normalidade do dia-a-dia das pessoas. Não percebem que é ficção. Não entendem que o sexo sem responsabilidade, em que todos ficam com todos o tempo todo, é uma exceção e não a regra do comportamento humano. A crença nessa realidade acaba por trazer frustração.

O sexo saudável é importante para o ser humano e mede a qualidade de vida do indivíduo. Uma pessoa que tenha um relacionamento sexual saudável, com afetividade, é mais feliz, vê a vida com mais alegria. Por isso, é preciso ter cuidado. As informações são importantes para o desenvolvimento das pessoas. Porém, é preciso que elas sejam analisadas e filtradas. Separar o que é bom do que é ruim. Separar a realidade da ficção.

Thursday, January 25, 2007

APRENDER SOBRE SEXO SÓ FAZ BEM

Dias atrás um leitor e assinante da FOLHA DE LONDRINA deixou uma mensagem no Portal Bonde fazendo uma crítica à coluna publicada na última quarta-feira. A coluna abriu uma discussão sobre a necessidade de as pessoas aprenderem mais sobre sexo e exercitar essa atividade tão essencial para a vida do ser humano.

Na opinião do leitor, a coluna estaria incentivando o sexo sem responsabilidade. Respeito o ponto de vista do leitor, mas não concordo com ela. O objetivo da coluna é sim desmistificar o sexo, dar informações sobre saúde e ajudar as pessoas a terem uma vida sexual mais saudável e prazerosa.

Desde que o homem apareceu na terra iniciou um aprendizado constante. Aprendeu a andar, falar, relacionar-se em grupo, viver em comunidade. Essa evolução também aconteceu no comportamento sexual. Aliás, o comportamento sexual mudou muito desde que o homem está na Terra. Tudo isso é aprendizado. Mas há muito ainda a evoluir.

Em várias regiões a mulher ainda é tratada como objeto que está ali para satisfazer os desejos do seu dono e para a procriação. Elas não têm direito a praticamente nada.

Já em outros locais as mulheres ganharam espaço e hoje dividem as responsabilidades com os homens nos postos de trabalho, na condução da família, da política, da economia, e passaram a ter completo domínio de sua vida sexual. Volto a dizer: isso tudo é aprendizado.

E nós só evoluímos quando conseguimos disseminar informações. Com elas, as pessoas têm a possibilidade de analisar, aprender e decidir o que é melhor para si.

Quando se fala em sexo, é importante ressaltar que não existem regras ou opiniões definitivas. O que é bom para uma pessoa nem sempre é bom para outra. Por isso é essencial que os parceiros estejam sempre abertos a novas descobertas. A vida passa muito rapidamente e é preciso estar atento a isso. O sexo com responsabilidade, com carinho, só faz bem.

Mitos e VerdadesÉ verdade que não existe regra definitiva para o sexo. O que é prazeroso para um pode não ser para outro. O ideal é que os casais, respeitando a individualidade de cada um, discutam e decidam o que é melhor para si.

Esta é a melhor regra.

Wednesday, January 17, 2007

O SEXO PRECISA SER APRENDIDO E EXERCITADO

Dias atrás um documentário apresentado pelo canal pago GNT analisava o motivo pelo qual programas populares, com conteúdos de gosto duvidoso, obtinham tanta audiência entre os telespectadores das classes C, D e E, que reúne a maior parte da população.

Entre as hipóteses levantadas está a que, teoricamente, a massa não quer desenvolver nada. Apenas usa a televisão como fonte de diversão gratuita e não de aprendizado e desenvolvimento intelectual.

Pelo que mostrou o documentário, a massa prefere receitas prontas, aquelas que não pedem reflexão, que não exigem uma análise mais profunda dos fatos. Traduzindo isso em poucas palavras: há uma acomodação.

E o que a gente percebe é que essa situação também é repetida no sexo. As pessoas acabam se acostumando que um mais um é igual a dois e não buscam alternativas mais criativas para transformar a relação com o parceiro em algo mais instigante, mais prazeroso. A maioria prefere não pensar, não analisar ou buscar alternativas que requeiram um mínimo de esforço para melhorar a vida sexual do casal.

As relações sexuais não podem e não devem se transformar em puras operações matemáticas onde o resultado da conta é sempre o mesmo, sem possibilidade de variação.

A atividade sexual é um eterno aprendizado. E não há nada que destrua mais os relacionamentos do que a rotina. É importante procurar conhecer bem o parceiro ou a parceira, entender o que o que ele ou ela mais gosta e buscar proporcionar esse prazer.

Homens e mulheres são diferentes fisicamente e reagem diferente na cama, por isso o aprendizado é importante e constante. Seja criativo, não está escrito em lugar algum que a cama é o único lugar onde se pode fazer amor. Aproveite os demais espaços da casa. Seja ousado. Busque lugares diferentes que possam inflamar a imaginação. O famoso e conhecido papai e mamãe é uma ótima posição, mas não é a única. Você pode inventar inúmeras variações.

Um ditado japonês diz que nós nunca mais veremos o pôr do sol que acontecer hoje. Traduzindo para o sexo, a relação que você não teve hoje nunca mais a terá. Portanto, não deixe para amanhã. Faça hoje.

Thursday, January 11, 2007

PEQUENOS ATOS MANTÊM DESEJOS

Um paciente chegou ao meu consultório e disse que decidiu comprar outro colchão porque sua mulher é ‘‘muito ruim de cama’’. Culpa do colchão, culpa da esposa, culpa do tempo, ou da falta de tempo.


As pessoas, homens e mulheres, sempre buscam justificativas para o descontentamento com sua vida sexual. E qualquer explicação serve, até mesmo a ejaculação precoce, falta de ereção, dor de cabeça ou dor vaginal. Tudo mesmo, desde que não mostre suas fragilidades, dúvidas e dificuldades para alcançar o prazer sexual com o parceiro.


Afinal, o principal medo de homens e mulheres brasileiros é não conseguir satisfazer o parceiro. De acordo com Estudo da Vida Sexual do Brasileiro, do Instituto de Psiquiatria da USP, 55,9 % dos homens e 45,4% das mulheres relatam este medo, porcentagem que ultrapassa a registrada com o medo de contaminações por doenças sexualmente transmissíveis (44% para homens e mulheres).


Sim, é mais fácil culpar situações que estão fora do nosso controle. Mas isto não resolve o problema e pior; pode desestruturar uma relação onde há amor.


A afinidade e ansiedade que enfeitam o início da paixão não precisam acabar. Mas para isto não basta sentir amor, é necessário decidir ‘‘amar’’ o parceiro. É preciso cultivar ações diárias e constantes, como beijos apaixonados e carinho, que façam o outro se sentir amado e/ou um amante.


É desta decisão que depende a continuidade do desejo e do prazer no relacionamento. Por mais amor que exista, toda relação precisa de erotização para despertar e aquecer o desejo. E vocês sabem: sem desejo, nem viagra funciona!