Thursday, May 31, 2007

ENTRE QUATRO PAREDES

Sexo é um assunto sempre instigante e sempre muito controverso. Em cada cultura, em cada país, ele é tratado de uma forma particular. E mesmo dentro de uma mesma cultura, uma mesma cidade, o sexo é visto de ''n'' modos diferentes. O que é interessante e prazeroso para uns nem sempre é interessante e prazeroso para outros. Uma pergunta, por exemplo, que sempre persegue as pessoas, mesmo aquelas que se consideram esclarecidas e liberais, é se vale tudo entre quatro paredes.
O fato é que não existe exatamente uma resposta definitiva. Vale e não vale. A resposta pode parecer ambígua, inconclusiva. Mas é a mais pura realidade. Entre quatro paredes, a sua permissão vai até onde o seu parceiro ou sua parceira permitir. O prazer do sexo necessita de compartilhamento, de troca, de entrega. Se apenas um dos participantes tem prazer, com certeza não haverá satisfação e quando não há satisfação, há frustração. No sexo, ninguém deve ser apenas coadjuvante. Os dois precisam ser protagonistas.
É por isso que a resposta de 'se entre quatro paredes vale tudo' é tão complexa. Veja. Há pessoas que adoram o arroz com feijão, e o máximo de ousadia que se permitem é fazer uma ou outra variação de posições no momento do ato sexual. Preferem o sexo básico, sem grandes inovações.
Já há os que adoram as fantasias, os complementos, os fetiches, as variações. Fazem de cada relação sexual um momento especial, transformando-o praticamente em um evento. Quem está certo? Todos estão certos, desde que respeitem o parceiro.
A verdade é que cada pessoa, cada casal precisa encontrar o seu ponto de equilíbrio e de prazer mútuo. O sexo pode ser desfrutado de infindáveis formas. Há casais que se tornam tão amigos, mas tão amigos, com uma convivência tão tranquila e estável, que o sexo acaba se transformando num ato importante, mas não essencial à relação. Essas pessoas, muitas vezes, deixam de buscar as infinitas possibilidades de prazer a dois que o sexo pode oferecer. Mas é sempre bom estar alerta, pois muitas vezes quando tudo está bem, nada está bem. A acomodação pode se transformar em um enorme mal para as relações.
Já outros casais preferem viver a sexualidade de forma mais intensa, usando a criatividade para melhorar a vida sexual. Até a reconciliação depois daquela briguinha pode ser transformada numa motivação a mais para o sexo ficar mais prazeroso.

Tuesday, May 22, 2007

SÍNDROME DE PEYRONIE

Você já ouviu falar da Síndrome de Peyronie? A doença foi identificada pela primeira vez pelo médico francês François Gigot de La Peyronie. As principais características visíveis são uma espécie de calo e uma curvatura anormal e progressiva do pênis - seja ela para cima, para baixo ou para o lado, no momento da ereção - provocada por uma fibrose.

É preciso deixar claro que nem toda curvatura no pênis é decorrente da doença. Em alguns casos, a curvatura é congênita. É importante dizer também que nem todo pênis com curvatura apresenta problemas.

A Síndrome de Peyronie aparece com mais frequência em homens adultos com idade acima de 38 anos. Em casos extremos, a curvatura do pênis pode atingir até 90 graus, causando desconforto e até impossibilitando uma relação sexual de forma satisfatória. Nos casos mais graves, a doença reduz a potência da ereção. Nestas situações, além da doença em si, a perda da qualidade da atividade sexual pode afetar a pessoa emocionalmente.

Alguns estudos associam o problema ao estresse, a acidentes com trauma na região genital, microtraumas durante a relação sexual, evoluindo para fibrose e calcificação. A placa de fibrose pode se instalar na superfície ou na parte interna do pênis.

Nos seis primeiros meses do aparecimento da doença, o homem sente dores no pênis no momento da ereção. Com o tempo, a impressão que ele tem é de que a dor diminui, mas na maioria dos casos a pessoa apenas aprende a conviver com ela, o que não é nada bom.

Para avaliar a dimensão e extensão da doença, é importante a realização de uma ultra-sonografia. Os tratamentos variam de acordo com a gravidade. Há a possibilidade de tratamento clínico e em outros casos é preciso uma intervenção cirúrgica.

Da mesma forma que o homem cuida de seu coração, indo regularmente ao médico, também é preciso cuidar do seu órgão genital e de sua saúde emocional.

Mitos e Verdades - Verdade: não há uma forma eficaz comprovada de prevenção contra a Síndrome de Peyronie


Marcio Dantas de Menezes, médico e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual

Friday, May 04, 2007

VOCÊ SABE O QUE É ANDROCLIMATÉRIO?

Se há uma coisa de que ninguém escapa é dos efeitos causados pelo tempo. A idade chega, o corpo reage diferente aos estímulos. Muitas pessoas ainda acreditam, por exemplo, que o fato do homem se tornar mais impaciente e nervoso quando fica mais velho é natural e, por isso, irreversível.

Isso não é verdade. O fato é que a idade vem para todos e ela traz mudanças no corpo do homem. A alteração de humor, a queda da disposição física, bem como a diminuição do apetite sexual são reflexos diretos de variações hormonais causadas pelo processo de envelhecimento, que desencadeia o climatério masculino, que deve e pode ser tratado.

A melhor alternativa para este caso é a prevenção. Todos os homens devem realizar exames periódicos para medir a dosagem hormonal a partir dos 40 anos de idade. A queda na produção deste hormônio é natural. Ela tem início a partir dos 20 anos e sua diminuição varia de 17% a 32% até os 60 anos. A queda mais acentuada ocorre entre os 20 e 40 anos.

Mesmo assim, na maioria dos homens, a quantidade produzida pelos testículos continua suficiente com o avançar da idade. O acompanhamento permite intervir assim que a queda de produção dos hormônios, principalmente da testosterona - hormônio masculino que regula a energia vital e o humor - for mais significativa.

Nos homens, níveis insuficientes de testosterona provocam, entre outros sintomas, cansaço físico, desânimo e irritabilidade. Esses sintomas acabam prejudicando o convívio social da pessoa, levando-a à solidão e a um comportamento depressivo. Esta situação pode ser evitada com conscientização, prevenção e tratamento.

Com o diagnóstico precoce, a reposição hormonal traz resultados excelentes. Embora não haja nenhuma comprovação científica de que a testosterona potencializa o aparecimento de câncer de próstata, este tipo de tratamento não é indicado quando o paciente tem histórico pessoal de câncer de próstata ou casos da doença na família.