Thursday, April 19, 2007

É IMPORTANTE CONHECER O PRÓPRIO CORPO

Você conhece seus órgãos genitais? Pode parecer que a resposta é óbvia, mas nem todas as pessoas conhecem. Os motivos são os mais variados e vão desde a pura falta de curiosidade até questões religiosas.

Os homens parecem ter mais curiosidade sobre seu órgão sexual e como a genitália masculina é externa, fica até mais fácil a visualização, o tato e o autoconhecimento. No caso das mulheres, mesmo o mundo tendo evoluído, muitos preconceitos terem sido derrubados e a grande gama de informações disponíveis, ainda percebe-se um certo tabu entre elas.

Todos sabem que a saúde sexual é essencial para homens e mulheres serem saudáveis física e emocionalmente. Porém, ainda é grande o número de mulheres que sabem pouco ou nada sobre a anatomia e o funcionamento da vagina.

A vagina é o tubo muscular que vai da vulva até o útero. Se dividirmos a vagina em três partes, veremos que a parte mais externa (vulva) corresponde ao que hoje alguns chamam de abertura vaginal do clitóris. É uma área bastante sensível para o sexo. O conhecimento do próprio corpo é fundamental para que o relacionamento sexual seja mais prazeroso.

O limite entre a vagina e a vulva constitui uma dobra, o hímen. A cada lado da abertura externa da vagina há duas glândulas de meio milímetro, chamadas bartolino, secretoras de um muco que lubrifica o canal na copulação. A função da vagina é receber o pênis no coito e dar saída ao feto no momento do parto, assim como expulsar o conteúdo menstrual.

Por exemplo: você sabia que o primeiro terço do canal da vagina tem mais sensibilidade e os outros dois terços bem menos? É por isso que as mulheres usam absorventes internos ou mesmo um diafragma e nada sentem. É este também o motivo pelo qual algumas mulheres, no ato sexual, não sentem tanto prazer com a penetração e preferem a estimulação da parte externa.

Friday, April 13, 2007

O VIAGRA E AS MULHERES

O Viagra, a famosa pílula azul, provocou uma revolução na vida dos homens que chegam à terceira idade e que sofriam com problemas de ereção. Este medicamento e outros similares, que facilitam a ereção, trouxeram qualidade de vida a uma grande quantidade de homens que já não se sentia mais apta para a relação sexual.

Mas, e para as mulheres? Existe uma medicação semelhante? É uma pergunta que eu sempre ouço da ala feminina. O Viagra também pode ser usado pelas mulheres?

São várias as pesquisas em andamento em muitos países, mas ainda não há uma posição definitiva sobre o assunto. Mas, algumas mulheres vêm tomando o Viagra com resultados interessantes. Uma consulta feita recentemente pelo departamento de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) com 22 mulheres com idade entre 45 e 59 anos, na fase da pré-menopausa, mostrou bons resultados. Essas mulheres tomaram o medicamento por 15 dias seguidos e disseram que a relação sexual melhorou.

O que ocorre é que o Viagra é um vasodilatador. O fato é que muitas mulheres têm sérios problemas de circulação sanguínea no clitóris e em regiões da vagina. Os motivos são os mais diversos. Esta circulação sanguínea irregular pode ser causada por problemas decorrentes de cirurgias para a retirada do útero, dos ovários, diabetes, hipertensão, fumo ou alcoolismo, só para citar alguns exemplos. Hoje já se estudam doenças como a fibrose do clitóris, que também prejudica a circulação sanguínea nesta área.

Como o Viagra é um vasodilatador, ele ajuda a aumentar a circulação de sangue na artéria clitoridiana e a relaxar a musculatura lisa, podendo até provocar uma ereção do clitóris, melhorando a lubrificação vaginal, e consequentemente, facilitando a penetração.

É bom deixar claro que o Viagra ou qualquer similar não garante orgasmo para as mulheres. A dificuldade de orgasmo está presente em 25% das mulheres e está relacionada a fatores físicos ou psicológicos, ou os dois simultaneamente, e precisa ser avaliada por um médico.

O que é certo é que não existe ainda medicamento que provoque o orgasmo. Porém, com o uso do vasodilatador, como a região fica mais sensível com o aumento da circulação sanguínea, a relação sexual pode ser bem mais prazerosa.

Wednesday, April 11, 2007

SERÁ QUE O BRASIL QUER ESTA MEDALHA?

Há poucos dias um jornal do Rio de Janeiro publicou uma matéria mostrando que prostitutas do Rio estão fazendo curso de inglês para melhor atender os clientes estrangeiros que estarão na cidade no período dos jogos Pan Americanos.

Quando você viaja para o exterior é comum encontrar agências de turismo que ofertam serviços sexuais incluídos nos pacotes turísticos para o Brasil. Os cartazes mostram mulheres sensuais e insinuam facilidades eróticas. O pior é que até em materiais oficiais do nosso próprio governo há esta exploração da sensualidade das mulheres brasileiras.

Em 1994, durante a Copa do Mundo dos Estados Unidos, quando os turistas descobriam que éramos brasileiros, era comum ouvirmos grosserias sobre as mulheres brasileiras.

O grande problema que vemos é que a prostituição e o turismo sexual, em várias cidades do nosso país, está deixando de ser exceção e sim a normalidade. Em algumas cidades litorâneas do Nordeste, há casos de pais que incentivam os filhos a se prostituir para trazer dinheiro para a família. A prostituição está se transformando em meio de subsistência. O que é possível esperar de jovens que passam a ver a prostituição e a exploração sexual como situações normais do cotidiano?

Sem querer agir como um puritano radical, esta situação precisa de atenção especial de todos nós. O comércio sexual afeta a vida das pessoas de forma brutal, principalmente aquelas que são usadas neste comércio.

O Brasil é um país lindo, cheio de belezas naturais, com um povo criativo, inventivo. O país não pode continuar se vendendo lá fora como o paraíso do sexo pago. Além de pressionar os órgãos do governo para que atuem com mais rigor contra o comércio do sexo e o turismo sexual, é necessário também uma atenção especial às famílias.

O Pan Americano está chegando. O Brasil está investindo uma fábula neste empreendimento para melhorar a imagem do país. Acredito que não seja a medalha de ouro do turismo sexual que o país quer ganhar.

Tuesday, April 03, 2007

ESTÉTICA DOS ÓRGÃOS GENITAIS

Ter saúde sexual é indispensável para homens e mulheres serem saudáveis física e emocionalmente. Mas preconceitos gerados por questões sociais e culturais tornam a vida das pessoas mais difícil, principalmente das mulheres.

Sim, o mundo evoluiu mas alguns temas continuam sendo “tabu”, quase da mesma forma que na idade média. O resultado é que mesmo nos dias atuais, com as facilidades para obter informações, é grande o número de mulheres que pouco ou nada sabem sobre a anatomia e função da vagina.

Enquanto o homem tem uma relação íntima com seu órgão sexual e desde pequeno aprende a valorizá-lo como fonte de prazer e de orgulho – símbolo de sua masculinidade; a mulher é socialmente educada para “ignorar” a existência do seu órgão sexual. Infelizmente a mulher ainda tem vergonha do próprio corpo. Afinal, até hoje, uma mulher que demonstra preocupação com sua saúde sexual (físico e desempenho) é considerada “avançada”.

Uma paciente me contou que só descobriu como era a sua vagina aos 30 anos. Disse que foi por acaso; quando estava na depilação. Só então ela decidiu pegar um espelhinho e descobrir como era o seu órgão sexual. E achou feia e esquisita – outro pré-conceito comum entre as mulheres.

E esta mulher não é uma exceção. Já tive pacientes que somente depois de muito tempo e até casamentos, descobriram que tinham algum tipo de má-formação da vagina e vulva. Achavam que o desconforto eventual era natural.

Os preconceitos fazem com que muitas vezes as mulheres convivam a vida inteira com um problema sexual sem saber que podem ficar livres dele, e de todos os constrangimentos que eles podem gerar. As cirurgias da intimidade podem ser feitas em qualquer fase da vida e as intervenções duram, em geral, entre 30 e 60 minutos, são feitas com anestesia local e raque e não deixam cicatrizes aparentes. Seja por uma questão estética ou ainda com o intuito corretivo, o resultado geralmente modifica de forma positiva a auto-estima dessas pessoas.

A maior queixa da brasileira é a hipertrofia dos pequenos lábios vulvares. Calcula-se que uma em cada mil mulheres apresenta o problema, e mais da metade se submete à cirurgia de correção. Outros problemas comuns são, escurecimento da mucosa (hiperpigmentação) e o alargamento do canal vaginal (fragilidade muscular ou hipotomia).

Monday, April 02, 2007

TODOS TÊM ORGASMO?

Afinal, todos os homens e todas as mulheres têm orgasmo? O ideal é que a resposta fosse sim, mas estudos comprovam que nem todos têm. Segundo um estudo sobre o perfil sexual dos brasileiros, publicado pela Revista Brasileira de Medicina, 29% das mulheres disseram que têm dificuldades para atingir o orgasmo. A palavra para este problema é anorgasmia.

Nos últimos anos, o comportamento sexual das pessoas vem passando por transformações. Independentemente de religiões, culturas e camada social, homens e mulheres buscam informações para conhecer melhor o próprio corpo e ter uma vida sexual mais saudável. Mas ainda há muito o que avançar.

A anorgasmia, por exemplo, é um mal que atinge milhares de pessoas. Ela é a ausência recorrente de orgasmo, após uma fase de excitação normal, ocorrida com estimulação adequada em intensidade e duração e pode ser classificada como primária, que é quando ocorre com pessoas que nunca atingiram um orgasmo, seja por meio da relação sexual ou da masturbação; a secundária ocorre em pessoas que tinham orgasmos em relações sexuais e deixaram de tê-los de forma sistemática; a absoluta, se a pessoa é incapaz de atingir um orgasmo pela relação sexual ou pela masturbação, em nenhuma circunstância; e situacional, se a pessoa pode alcançar um orgasmo, mas só em circunstâncias específicas.

Há vários fatores - orgânicos e psicológicos, ou ambos - que podem provocar a falta de orgasmo. As mulheres reagem de forma diferente dos homens aos estímulos. A mulher é mais sentimental e romântica. Ela tem que sentir e ser sentida. Já o estímulo do homem é mais visual, ele precisa tocar. As mulheres precisam se sentir bonitas, ter segurança, melhorar a auto-estima.

Entre os fatores orgânicos podemos destacar problemas com a tireóide, circulação sanguínea, cardiopatias, obesidade, diabetes, estar em estado depressivo ou o abuso do cigarro. Essas situações podem comprometer a excitação e, em consequência, a chegada ao orgasmo. A boa notícia é que a anorgasmia tem tratamento, e com ótimos resultados.

No site www.abcdasaude.com.br são apresentadas algumas técnicas para que as mulheres entendam mais o seu corpo. Se a questão for clínica, o melhor caminho é procurar um médico para uma avaliação.