Thursday, June 28, 2007

O SEXO PRECISA ESTAR NA AGENDA

Planejamento é bom em todas as áreas. É importante para otimizar os negócios. Indispensável para promover o crescimento da empresa. E necessário até para guardar dinheiro e realizar um sonho especial.

Então, que tal planejar a vida sexual do casal? Isso mesmo, criar uma agenda do amor, marcando dia, horário e local de encontros especiais.

Por algum motivo desconhecido, as pessoas pensam que o casamento marca o fim do trabalho de conquista e sedução do parceiro. Acreditam que, por terem assumido este compromisso, não é preciso ter pressa ou preocupação.

É fato que quando duas pessoas se casam ou decidem viver juntas, as necessidades do dia-a-dia acabam se transformando em prioridades. Assim, é comum, com o tempo, os carinhos e o sexo acabarem ficando cada vez mais para ''quando dá''. E assim, nunca dá.

O que acaba com o desejo não é o casamento, é a acomodação, a preguiça. Dá trabalho seduzir e conquistar alguém e o bom sexo depende da nossa capacidade de manter quem amamos seduzido.

Esqueçamos os pudores e os falsos moralismos. Admitamos que sem sexo, e do bom, não há relacionamento que dure. E sem o núcleo, ''eu Jane, você Tarzan'', o sonho de uma família estruturada e equilibrada fica mais difícil de ser concretizado.

Se o problema é tempo, a agenda resolve. Marcando com antecedência, dá para chegar mais cedo em casa e até planejar para aquele momento especial não coincidir com a final da Taça da Libertadores.

Se o problema é ''clima''. Agendando o encontro, dá para passar no cabeleireiro, massagista, depilador... e garantir estar especialmente linda para aquele momento.

Agendar também ajuda a criar o hábito. E fazer sexo com quem amamos é um hábito, comprovadamente, saudável.

Mas agenda não é só para eventos periódicos. Para garantir que o fogo continue ardendo até o próximo encontro, marque, aí, na sua agenda, como tarefa para todos os dias: lembrar de seduzir o meu amor. Comece e vai perceber quanto tempo você andava perdendo.

Friday, June 15, 2007

PARADA GAY PODERIA SER MELHOR APROVEITADA

Em apenas 11 anos a Parada Gay, realizada na cidade de São Paulo, já se tornou a maior do mundo. Este ano, três milhões de pessoas participaram da festividade. Não houve confusão. Com muita música e diversão, foi uma das mais tranquilas dos últimos anos. O aspecto positivo é que parece que o preconceito contra os homossexuais está diminuindo. O evento reuniu muitas famílias e um grande número de pessoas heterossexuais que foram prestigiar, conhecer e apoiar a festa.

Os cadernos de economia deram manchetes mostrando que este é o segundo maior evento da capital paulista em termos de faturamento. A previsão era de que a Parada Gay movimentasse este ano perto de R$ 136 milhões. Somente a etapa brasileira de Fórmula 1 gera um faturamento maior: R$ 150 milhões.

O aspecto econômico é importante, porém me parece que o evento poderia ser melhor aproveitado se ele produzisse um amplo debate sobre a condição do homossexual no Brasil.

Mas o que percebemos é que, de uma forma geral, a imprensa deu menos espaço para o evento comparativamente aos anos anteriores. E isso não é bom. A mídia procura a novidade. E a Parada Gay já não é tão novidade assim. Talvez seja por isso que o espaço ocupado pelo evento nos jornais, emissoras de rádio e TVs foi reduzido. Mas é importante que se amplifiquem as discussões.

Nos últimos anos, percebemos que houve evolução no combate ao preconceito. Mas temos diversos temas que precisam de uma atenção especial, como é o caso do casamento entre homossexuais, adoção, políticas educativas, combate à violência e à homofobia.

A homofobia, por exemplo, ainda está enraizada em vários segmentos da sociedade. Segmentos que temem o diferente, não admitem a diversidade. É interessante que, por mais que os anos passem e que se desmistifiquem os conceitos, ainda há pessoas que tratam a homossexualidade como uma doença, como um pecado.

São esses motivos que nos levam a crer que a Parada Gay, além da festa em si, poderia ser usada para fomentar mais debates e discussões sobre políticas de saúde, de inclusão e principalmente educacionais. A educação ainda é o melhor caminho para reduzir o preconceito e para disseminar o respeito.

Fonte: Folha de Londrina – 15/06/07

Monday, June 11, 2007

QUANDO O FILHO ASSUME A HOMOSSEXUALIDADE

Num belo dia, o filho ou a filha chega em casa, se enche de coragem e determinação e diz para os pais: sou homossexual. A revelação pode ser um choque para os pais, mas é um alívio para o filho ou filha. Milhões de pais já passaram por isso, em todos os lugares do mundo. E mesmo sabendo que esta situação não é tão incomum, a maioria continua angustiada, sem saber exatamente como e o que fazer. Mas não são só eles.

O que fazer nesta situação foi a pergunta que encerrou o seminário sobre sexologia dias atrás, numa das mais conceituadas universidades brasileiras. No curso estavam 50 profissionais de diversas especialidades que já trabalham com sexualidade. A pergunta causou um silêncio preocupante. Como lidar com esta revelação?

É comum, na maioria das comunidades, que as crianças, desde bebês, sejam orientadas para o gênero heterossexual. O menino ganha roupas azuis, bola de futebol, carrinhos. O quarto das meninas é decorado em tons rosa, elas recebem bonecas e panelinhas de presente. Por isso, quando acontece a revelação da opção sexual do filho, muitos pais acham que fizeram algo de errado na educação deles. E até se culpam por isso.

Desde 1985, o Conselho Federal de Medicina do Brasil não considera a homossexualidade uma doença física e mental. Em 1999, o Conselho Federal de Psicologia publicou uma resolução, normatizando a conduta dos psicólogos diante da questão: ''Os psicólogos não colaborarão com eventos ou serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades''. Traduzindo: homossexualidade não é doença.

Algumas estatísticas mais tradicionais dizem que 10% da população masculina é bissexual, sendo que de 2% a 4% seria exclusivamente homossexual. Os percentuais caem pela metade no caso das mulheres. Há pesquisas sendo divulgadas nos Estados Unidos mostrando que 24% da população, em algum momento da vida, desenvolveu alguma ação homossexual. Além desta situação, ainda existe a homossexualidade ocasional. Isso ocorre muitas vezes em ambientes de muita tensão, como nas guerras e cadeias.

A homossexualidade nada mais é do que uma das variações das diversas possibilidades do desejo sexual que o ser humano tem. Por isso, se o seu filho ou filha disser que é homossexual, nada de brigar; isso só piora a dor de todos.

O melhor caminho é conversar e entender em que nível de amadurecimento emocional a pessoa se encontra, como está a saúde física e mental do filho(a) e quais são suas necessidades reais. O entendimento e a proteção familiar são o socorro mais imediato para amenizar a angústia pela qual o filho ou a filha passou nos anos de silêncio.

Tuesday, June 05, 2007

HIGIENE PREVINE CÂNCER NO PÊNIS

Um dia alguém percebeu que uma das melhores formas de ajudar no combate à infecção hospitalar era simples e barata. O simples ato de lavar as mãos com água e sabão depois de um atendimento ou procedimento médico baixou muito os índices de infecção hospitalar, em diversos hospitais brasileiros.

A higiene é fundamental na vida das pessoas. Ela ajuda a combater e prevenir contra várias doenças. Uma dessas doenças é o câncer no pênis.

As pessoas se lembram de comer todos os dias porque, caso contrário, morreriam de fome; escovam os dentes todos os dias para preservá-los e manter a boca saudável. Mas então por que será que muita gente se esquece de fazer a higiene íntima regularmente, mesmo sabendo que isso é importante para evitar enfermidades e ter uma vida sexual saudável e prazerosa?

O câncer de pênis aparece com mais freqüência em homens com idade acima de 50 anos. Em jovens a incidência é bem menor, mas existe. Nas regiões Norte e Nordeste, segundo o Ministério da Saúde, o câncer de pênis é mais comum do que o câncer de bexiga e de próstata.

Entre os sintomas mais evidentes e visíveis estão a perda da pigmentação 1do pênis, formação de caroço, feridas que não desaparecem, tumor no pênis ou na virilha, vermelhidão constante. Observando qualquer desses sintomas, é necessário procurar um médico com urgência para uma avaliação clínica.

Há casos em que a pessoa somente procura um médico mais de um ano depois do aparecimento dos primeiros sintomas. Além de prejudicar o tratamento, a doença pode atingir um estágio irreversível.

Se o problema é detectado no início, o tratamento é mais eficaz e os resultados são melhores, porém, em estágios muito avançados pode ocorrer até a necessidade de amputação do membro.

A boa higiene é fundamental. São vários os problemas que a falta de uma higiene adequada pode provocar. Na cabeça do pênis (glande) e no prepúcio existem glândulas sebáceas que produzem uma substância gordurosa e esbranquiçada, e com um cheiro característico chamada esmegma. Quando a higiene do pênis não é bem feita, o esmegma acumula-se e provoca mau cheiro, além disso facilita o aparecimento de inflamações e infecções.

É importante ressaltar que o uso de camisinha ainda é o melhor meio de se prevenir contra doenças sexualmente transmissíveis. Nunca use pomadas ou outros remédios sem antes consultar um médico.

Márcio Dantas de Menezes, médico e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual



FONTE: Folha de Londrina – Caderno de Cidades – 05/06/07