Monday, August 06, 2007

HOMOSSEXUAIS MERECEM ATENDIMENTO DIFERENCIADO

O Brasil tem conseguido avançar em vários aspectos na saúde pública. Há programas de atendimento para idosos, crianças e gestantes. Há programas de prevenção de gravidez na adolescência. Todos são essenciais e ainda podem melhorar muito. São grupos de pessoas que passam a ser atendidos de forma mais adequada e isso representa um bom ganho no que se refere à qualidade de vida.

Porém, há alguns grupos de pessoas que ainda não estão tendo a merecida atenção por parte das políticas de saúde pública. Entre eles estão os homossexuais. Embora os números variem, há estudos que afirmam que 10% da população é homossexual numa parte significativa da vida. Este percentual, seja ele um pouco menor ou maior, é muito expressivo e precisa de atenção por parte da saúde pública.

A Associação Médica Australiana divulgou há alguns anos um alerta aos profissionais gestores de saúde daquele país sobre a homofobia. Segundo a associação, o preconceito pode afetar a saúde de gays e lésbicas. O estudo feito na Austrália mostra que, por causa da discriminação, os homossexuais tendem a procurar os serviços de saúde com menor freqüência do que os heterossexuais.

No Brasil, a realidade não é diferente. Ao visitar o urologista, no caso dos homens, ou o ginecologista, no caso das mulheres, é comum que os médicos perguntem sobre a saúde do marido ou da esposa do paciente, sem levar em conta que casais podem ser do mesmo sexo. Não há dúvidas de que situações assim causam constrangimento.

Muitos médicos que trabalham no sistema público de saúde, e mesmo os que atendem fora dele, não estão preparados para o atendimento aos homossexuais. Gays e lésbicas não se sentem à vontade diante destes profissionais para admitir sua orientação sexual e expor seus problemas se saúde.

É por isso que seria interessante que os governos, sejam eles municipais, estaduais ou federal, desenvolvessem programas específicos de saúde para estes grupos, com clínicas especializadas e profissionais treinados. É necessário que a abordagem seja sem homofobia para que essas pessoas tenham qualidade no atendimento e segurança no tratamento.

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